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Sérgio Zerbinato – Vereador sofre novo pedido de cassação

ALFREDO RISK

Mais um munícipe proto­colou, na Câmara de Ribeirão Preto, denúncia contra Sérgio Zerbinato (PSB) por suposta prática de “rachadinha” em seu gabinete. A denúncia que chegou ao Legislativo na quin­ta-feira, 2 de dezembro, partiu de Gustavo Martins Fratassi.

Será anexada ao outro pe­dido de cassação do vereador protocolado na semana passada por Rodrigo Leone. Já Gustavo Martins Fratassi foi candidato a vereador na eleição de 2020 pelo Patriota e teve 225 votos – não foi eleito. As denúncias serão investigadas, no Legislativo, pelo Conselho de Ética.

Até quinta-feira (2), Zerbi­nato integrava o colegiado, mas renunciou ao cargo para, se­gundo ele, dar transparência às investigações. Em seu lugar será nomeado um novo parlamentar nos próximos dias. O Conselho é presidido por Maurício Vila Abranches (PSDB).

O vice-presidente é Brando Veiga (Republicanos) e conta ainda com Renato Zucoloto (PP) e Judeti Zilli (PT, Coletivo Popular). O Ministério Público de São Paulo (MPSP) instau­rou inquérito para investigar Sérgio Zerbinato por suposto esquema de “rachadinha” em seu gabinete na Câmara de Ri­beirão Preto.

A investigação foi aberta em 30 de novembro e está sen­do conduzida pelo promotor Sebastião Sergio da Silveira. O parlamentar é acusado pela ex­-assessora parlamentar Ivanilde Ribeiro Rodrigues de comandar, entre janeiro e agosto de 2021, o esquema dentro de seu gabinete. A beneficiária seria a irmã do parlamentar, Dalila Zerbinato.

Ivanilde Ribeiro foi assessora parlamentar direta de Zerbinato, cargo comissionado, com salário de R$ 7.973,42. Deste total, se­gundo ela, R$ 2 mil eram repas­sados para a irmã do parlamen­tar. O acordo teria começado quando a mulher foi nomeada, em 4 de janeiro, e durou até o início de agosto, quando foi exo­nerada do cargo.

Na denúncia, Ivanilde Ri­beiro Rodrigues apresentou uma gravação em áudio onde ela afirma conversar com Sérgio Zerbinato sobre a devolução de parte dos seus vencimentos. O desvio de salário de assessor é uma prática caracterizada pela transferência de salários dos funcionários para o parla­mentar a partir de um acordo pré-estabelecido ou como exi­gência para a contratação.

Tal prática é conhecida po­pularmente pelo termo “racha­dinha” e ficou ainda mais popu­lar após as denúncias contra o atual senador Flávio Bolsonaro (agora filiado ao PL, então no PSL), filho do presidente Jair Bolsonaro (PL), quando era de­putado na Assembleia Legislati­va do Rio de Janeiro.

Nesta semana, a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) anulou provas apresentadas pelo Ministério Público do Rio de Janeiro contra o agora senador Flávio Bolsona­ro. Caso seja condenado, Sérgio Zerbitano perderá o mandato e responderá pelo crime de im­probidade administrativa e pe­culato. Também poderá respon­der na esfera penal.

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