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A imunização imprescindível

O mundo todo discute a informação divulgada na semana passada da existência de uma nova variante do coronavírus, a Ômicron, da qual ainda não se tem informações detalhadas sobre potencial transmissividade e a força que pode ter no orga­nismo humano, quando infectado. Há ainda muitas incertezas que levam à insegurança, já que a variante teve casos confirma­dos no Brasil e pode se espalhar, caso os cuidados não sejam efetivamente tomados. Logo, as precauções são extremamente necessárias neste momento em que a covid-19 ameaça voltar talvez até com mais força que em variantes anteriores.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) demonstrou preocupação com a possível nova onda de contaminados, com mais doentes e risco de se chegar à forma grave da doen­ça. E se não temos ainda as informações sobre a nova varian­te, o caminho é mesmo de se reforçar os cuidados. Felizmente nesta fase da pandemia temos as vacinas disponíveis para imunização das pessoas. Estranhamente, no entanto, pessoas que esperaram ansiosas pelas primeiras doses da vacina não parecem mais tão preocupadas em buscar a imunização com­pleta, com o recebimento da segunda dose.

Em Ribeirão Preto a vacinação avança todos os dias, com relativo sucesso. E digo relativo porque parte dos vacinados não buscou a segunda dose da vacina. Hoje temos mais de 85% da população com 12 anos de idade ou mais já vacinados com a primeira dose. Mais de 80% já receberam a segunda dose ou a dose única da vacina. E mais de 15% já estão vacinados com a terceira dose, de reforço. A situação da imunização só não é melhor porque temos mais de 50 mil pessoas vacinadas com a primeira dose e que não voltaram aos postos de vacinação para receber a segunda dose e completar o ciclo vacinal.

Não ter todas as informações a respeito da nova variante do coronavírus é motivo mais que suficiente para buscar com mais intensidade a vacina. E mesmo que a Ômicron não tivesse surgido, a vacinação é a forma que temos de combater hoje a pandemia. E os indicadores de novos casos, internações e óbitos mostram que a vacina está protegendo de forma espetacular da doença. Em todo o país os números foram reduzidos aos regis­trados no início da pandemia, no começo do ano passado. Em Ribeirão Preto, as internações em UTIs foram reduzidas de mais de 300 para menos de 30. Os novos casos também apresenta­ram queda significativa após o avanço da imunização.

Agora temos este obstáculo a transpor. O combate à co­vid-19 se faz de forma coletiva, porque as pessoas transmitem o vírus de umas para as outras. Por isso é preciso completar a imunização ao menos com as duas doses da vacina. Por­que mesmo que os casos tenham apresentado boa redução, não zeramos os registros. A pandemia existe e ainda é uma ameaça real à humanidade. Não se pode permitir descuidos desnecessários. E assim como a vacinação deve continuar, se­gue imprescindível o uso de máscaras que protejam o nariz e a boca, a higienização constante das mãos e o distanciamento social entre as pessoas.

De nossa parte, continuaremos a facilitar a vacinação, com agendamento organizado e divulgação sistemática dos locais onde a vacina pode ser aplicada. Também tudo faremos para que as doses venham para a cidade com o objetivo de imuni­zar a todos. Precisamos, no entanto, que as pessoas que não foram receber a segunda dose o façam o mais rápido possível. Porque este é o caminho para nos livrarmos desse mal e evi­tarmos novo retrocesso na diminuição de casos, internações e óbitos. Vamos todos juntos, sem deixar ninguém para trás.

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