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Política

Sérgio Zerbinato – Inquérito do MP investiga vereador por ‘rachadinha’

ALFREDO RISK/ARQUIVO

O Ministério Público de São Paulo (MPSP) instaurou inquérito para investigar o ve­reador Sérgio Zerbinato (PSB) por suposto esquema de “ra­chadinha” em seu gabinete na Câmara de Ribeirão Preto. A investigação foi aberta nesta terça-feira, 30 de novembro, e será conduzida pelo promotor Sebastião Sergio da Silveira.

O parlamentar é acusado pela ex-assessora parlamentar Ivanilde Ribeiro Rodrigues de comandar, entre janeiro e agosto de 2021, o esquema dentro de seu gabinete. A beneficiária seria a irmã do parlamentar, Dalila Zerbinato. Nesta terça-feira, o munícipe Rodrigo Leone tam­bém protocolou pedido de cas­sação do vereador na Câmara.

Ivanilde Ribeiro foi assessora parlamentar direta de Zerbinato, cargo comissionado, com salário de R$ 7.973,42. Deste total, se­gundo ela, R$ 2 mil eram repas­sados para a irmã do parlamen­tar. O acordo teria começado quando a mulher foi nomeada, em 4 de janeiro, e durou até o início de agosto, quando foi exonerada do cargo.

Na denúncia, Ivanilde Ri­beiro Rodrigues apresentou uma gravação em áudio onde ela afirma conversar com Sérgio Zerbinato sobre a devolução de parte dos seus vencimentos. O desvio de salário de assessor é uma prática caracterizada pela transferência de salários dos funcionários para o parlamen­tar a partir de um acordo pré­-estabelecido ou como exigên­cia para a contratação.

Zerbinato faz parte do Con­selho de Ética e Decoro Parla­mentar do Legislativo, que será o responsável por analisar o pedido de cassação. Tal prática é conhe­cida popularmente pelo termo “rachadinha” e ficou ainda mais popular após as denúncias con­tra o atual senador Flávio Bolso­naro (agora filiado ao PL, então no PSL), filho do presidente Jair Bolsonaro (PL), quando era de­putado na Assembleia Legislati­va do Rio de Janeiro.

Por três votos a um, a Segun­da Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) atendeu nesta ter­ça-feira pedido do senador Flá­vio Bolsonaro e anulou provas colhidas pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) no inquérito das rachadinhas.

Caso seja condenado, Sérgio Zerbitano perderá o mandato e responderá pelo crime de im­probidade administrativa e pe­culato. Também poderá respon­der na esfera penal. O Tribuna entrou em contato com o par­lamentar e com a sua assesso­ria, mas até o fechamento desta reportagem não obteve retorno.

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