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‘A S/A tem que ser uma parceira do BFC’, afirma Alfredo Cristovão

DIVULGAÇÃO/BFC

O Botafogo Futebol Clube elegeu na última semana seu novo presidente. Por aclama­ção, Alfredo Cristovão assu­miu o comando do Pantera pelos próximos dois anos. Agora, o novo mandatário do Pantera tem a missão de recolocar o clube nos trilhos e melhorar o relacionamento com Adalberto Baptista, ho­mem-forte da Botafogo S/A.

Em entrevista exclusiva ao Tribuna, Cristovão falou sobre seus planos para o BFC e reafirmou a necessidade de ter na Trexx, empresa que faz parte da formatação da S/A, uma parceira e não inimiga.

“Nós temos que estar sem­pre conversando, buscando parcerias e conversando com o nosso sócio, que é a Trexx. A S/A tem que ser uma parceira do BFC. O clube é dono da tra­dição, do estádio e nós temos que fazer isso valer. Temos que pleitear junto à S/A uma equipe forte, competitiva, para trazer de volta o torcedor para o estádio. Não faz sentido um clube de futebol sem o torce­dor”, afirmou Cristovão.

Após a formatação da BFSA, o Botafogo Futebol Clube passou a ter poucas receitas – os custos e lucros do futebol ficam por conta da S/A – e isso acarretou numa enorme dificuldade finan­ceira.

Com o fechamento da Pantera Shop e também da escolinha, o clube, hoje, não possui fontes de arrecadação. Recebe apenas os valores por cessão de superfície do Santa Cruz, montante que não paga as contas do clube. Equilibrar isso, segundo Cristovão, será a maior dificuldade da gestão.

“A maior dificuldade na gestão será a questão da fal­ta de recursos. Hoje o BFC não tem recursos e foi muito castigado pela pandemia. A escolinha fechou, a Pantera Shop fechou, não houve pú­blico nos estádios. Vamos ter que buscar formas de trazer isso de volta”, disse.

Um dos assuntos mais comentados nos últimos anos pela coletividade bota­foguense é o contrato de for­matação da BFSA. O acordo, questionado pelo Conselho do clube, também será um ponto de atenção do novo presidente.

“O acordo com a Trexx já foi amplamente divulgado. Todos sabem que algumas arestas precisam ser repa­radas. Nós fomos pioneiros na formatação de sociedade anônima no futebol, viramos uma espécie de cobaia. Eles fizeram o aporte financeiro e nós não tínhamos essa gra­na. O que precisamos fazer é buscar entendimento entre as partes”, contou.

Em meio a crises, o rela­cionamento entre as partes já está mais tranquilo. Último a ocupar o cargo, Osvaldo Festucci tentou costurar um novo acordo, que chegou a caminhar, mas não saiu do papel. A missão de Cristovão será reequilibrar o negócio, que deve seguir com o Bota­fogo por mais muitos anos.

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