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Onde estão a solidariedade e a empatia

Quando a pandemia começou a se alastrar pelo Brasil, causando mortes e sofrimento, os mais otimistas previram que seríamos seres humanos melhores quando todo este sofrimen­to passasse. Acontece que todo o grande sofrimento costuma trazer à tona o que há de pior no ser humano, e no Brasil não foi diferente. A velha máxima capitalista, que as dificuldades sempre abrem novas possibilidades de negócios, e com isso se ganha mais dinheiro. A pandemia deixou os pobres mais pobres, e os ricos mais ricos, e a solidariedade prevista não aconteceu.

Em lugar da solidariedade e empatia, o presidente de plantão e seus asseclas promovem o ódio e a discórdia o tempo todo, e parte da população que corrobora com estas ideias, transforma o cotidia­no dos pobres em um mar de sofrimento, e os sonhos de ter no mí­nimo três ou quatro refeições ao dia, se viu diante de uma situação de miséria extrema, que para ter um pouco de proteína animal nas suas refeições tem que disputar com outros miseráveis os ossos im­próprios para o consumo humano que estão sendo descartados. E até nestes momentos o capitalismo mostra sua face cruel. A máxima capitalista, que toda crise gera oportunidade de negócios se materia­lizou, pois a procura pela mercadoria forma seu preço, e agora estão vendendo o osso que era jogado fora. Como disse Cazuza: “Brasil mostra a sua cara”, e a cara que apareceu é cruel.

Cada vez mais, políticos que tomam o poder no Brasil são oriun­dos daquela famosa universidade, que forma gente com expertise no mais alto nível, é a famosa UFMS (Universidade da Falcatrua Malandragem e Safadeza), em que todos se graduam e se doutoram com louvor. Mostrar uma situação irreal, como sendo real e verda­deira é a especialidade desta gente sem escrúpulos. Um assessor especial do ministro conhecido como “Posto Ipiranga”, disse a uma emissora de rádio, que a economia do Brasil estava bom­bando, que nunca esteve melhor, e que o governo iria gerar em 2022, mais de dois milhões e meio de empregos “informais” – a malandragem não tem limite para essa gente criminosa.

A cada dia que passa fica mais explícito o tipo de País essa gente desqualificada está tentando construir, atentam o tempo todo contra a nossa Carta Magna, o artigo 3º, que deveria ser o ponto de partida na consolidação das políticas de uma Nação, cada vez mais vai ficando necrosado, e longe de seus objetivos. Não há caminho para sermos uma Nação, que não seja o caminho da educação, no en­tanto as políticas de Estado impostas pelos donos do poder não permitem que uma educação básica pública e de qualidade atinja as camadas pobres da população, e os transforme em cidadãos, porque a cidadania ajuda a barrar este tipo de governante.

Nunca na história do Brasil se viu tanta gente desqualifica­da no comando do Ministério da Educação. Primeiro foi um colombiano, que não conhecia a língua portuguesa, depois um miliciano que fugiu do Brasil para não ser preso, e agora o comando está na mão de um pastor presbiteriano inepto e mau caráter, que está cumprindo a missão que lhe foi confiada, de fazer o Brasil retroceder cinquenta anos em todas as áreas.

A construção de uma Nação passa indubitavelmente pela educação básica pública, no entanto ao longo do tempo esta edu­cação vem matando os sonhos que fervilham na cabeça de nos­sas crianças, e quando atingem a adolescência não lembram mais dos seus sonhos – não há crime maior do que matar os sonhos de uma criança. Por inércia ou preguiça, parte da população elegeu esta quadrilha para comandar a política brasileira, e agora com o caminho livre trabalham com afinco para liquidar de vez com a educação básica pública, e com isso matar os sonhos que fervilham na cabeça das nossas crianças, mas se esquecem de que os sonhos não envelhecem, e ainda hão de frutificar.

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