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Criminalidade avança em RP

© Marcello Casal Jr./Arquivo/Agência Brasil

Segundo as “Estatísticas da Criminalidade”, divulgadas pela Secretaria de Estado da Secretaria da Segurança Públi­ca de São Paulo (SSP/SP) nesta quinta-feira, 25 de novembro, a incidência de crimes contra o patrimônio e contra a vida aumentaram em dez meses deste ano em Ribeirão Preto. Houve mais furtos e roubos de veículos, furtos e roubos em geral, homicídios e estupros em comparação com o mesmo período de 2020.

Ribeirão Preto registrou 45 homicídios em dez meses deste ano, contra 42 do mesmo período de 2020, três a mais e alta de 7,1%. Significa uma morte a cada seis dias em 2021. Na comparação entre os meses de outubro, houve aumento de 50%, de dois para três, um a mais. A cidade fechou o ano passado com 49 homicídios, um a cada sete dias e meio, alta de 16,6% em relação aos 42 do mesmo período de 2019. A taxa de casos por 100 mil habi­tantes subiu de 5,84 para 6,62.

Houve um latrocínio – roubo seguido de morte – em 2021, em julho, mas no ano passado foram registrados três casos no período, nenhum no 10º mês, queda de 66,7%. Em todo o ano de 2020 foram quatro ocorrências. Somando as duas modalidades – homi­cídios e latrocínios –, Ribei­rão Preto terminou o ano passado com 53 assassinatos, cerca de um a cada sete dias e meio, nove a mais do que os 44 de 2019, alta de 20,4%. Em 2021 são 46.

Um dado preocupante en­volve a ocorrência de estu­pros, que em dez meses deste ano é 278,6% superior. Ao contrário dos crimes contra o patrimônio, este tipo de aten­tado só pode ser evitado se a vítima denunciar. São 106 casos em 2021 contra 28 do mesmo período de 2020, ou seja, 78 a mais. A média é de um a cada três dias.

Na comparação entre os meses de outubro, houve alta de 60%, de cinco para oito, três a mais. Setenta e três crianças ou adolescentes foram vítimas deste tipo de crime este ano, 68,9% do to­tal. Os casos de estupro des­pencaram 24,3% no ano pas­sado, de 74 para 56 casos, 18 a menos em doze meses. Em 44 das denúncias as vítimas eram vulneráveis (78,6%).

Os furtos de veículos au­mentaram 44,5% em dez me­ses deste ano, de 917 em 2020 para 1.325. São 408 a mais, com média diária de quatro. Na comparação entre os me­ses de outubro, a alta chega a 100%, de 86 contra 172. São 86 a mais. A queda foi de 32,4% em 2020 – baixou de 1.695 em 2019 para 1.146, ou 549 a menos. A média diária caiu para três casos.

Os roubos de veículos cres­ceram 15,9%, de 276 para 320. São 44 a mais. A média é pou­co superior a um por dia. Na comparação entre os meses de outubro, houve queda de 3,3%, de 30 para 29, um a menos. No ano passado, os roubos de veículos caíram 36,7%, de 569 ocorrências para 360, ou 209 a menos em doze meses de 2020.

A média baixou para me­nos de um (0,9) por dia. A taxa de furto e roubo de veículos por 100 mil habitantes caiu de 330,49 para 216,89. Já os casos por 100 mil veículos recuaram de 416,51 para 273,73. A taxa de furto por 100 mil veículos caiu de 311,83 para 208,30 e a de roubo por 100 mil veículos baixou de 104,68 para 65,43 no ano passado.

O índice de recuperação de veículos pelas polícias Civil e Militar disparou 80,5% em dez meses deste ano, quando 527 foram devolvidos aos donos, contra 292 do mesmo período de 2020. São 235 a mais. A mé­dia é de quase dois por dia. Na comparação entre os meses de outubro, houve alta de 121,1%, de 19 para 42, ou 23 a mais.

Em 2020, recuou 59,4%, de 873 em doze meses de 2019 para 354. São 519 a menos. A média diária recuou para me­nos de um (0,9). Os casos de furtos em geral saltaram de 5.071 nos primeiros dez meses de 2020 para 5.960 este ano, alta de 17,5% e 889 a mais.

A média diária é 19. Na comparação entre os meses de outubro, houve alta de 54,8%, de 476 para 737 – ou 261 a mais. Em 2020, essas ocorrências recuaram 30%. A incidência baixou de 8.823 em 2019 para 6.176, redução de 2.647. A média diária caiu para 17. A taxa despencou de 1.287,94 para 889,44 por 100 mil habitantes.

As ocorrências de roubo – quando a vítima sofre ameaça (entram na estatística os de carga e a bancos) – saltaram de 1.576 em 304 dias de 2020 para 2.016 no mesmo período de 2021. São 440 a mais e alta de 27,9%, com média diária de seis. Na comparação entre os meses de outubro, houve au­mento de 32,6%, de 175 para 232 – ou 57 a mais.

A retração em 2020 foi de 35,4%. Caiu de 2.977 em doze meses de 2019 para 1.922 no ano passado, com 1.055 a menos. A média diária bai­xou para cinco. A taxa caiu de 434,57 para 276,80 por 100 mil habitantes. A Polícia Militar pede à população que registre boletim de ocorrência. Assim, a corporação pode reforçar o policiamento ostensivo e pre­ventivo nas regiões com mais incidência de crimes.

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