Segundo o levantamento semanal da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), os valores médios dos combustíveis recuaram nos mais de 200 postos de Ribeirão Preto. De acordo com a pesquisa realizada entre 14 e 20 de novembro, o litro do etanol está beirando a casa de R$ 5,20, mas desta vez não bateu novo recorde. A gasolina segue acima de R$ 6,40.
O preço médio cobrado pelo litro do álcool hidratado recuou de R$ 5,199 – o maior valor da história desde que a agência passou a pesquisar preços no município – para R$ 5,179, queda de 0,4%. O preço do litro da gasolina agora custa, em média, R$ 6,439, baixa de 0,3% em relação aos R$ 6,458 cobrados anteriormente – lembrando que este é o preço médio, ou seja, tem posto cobrando muito mais pelo produto.
A paridade entre os derivados de cana-de-açúcar e de petróleo continua acima do limite. Agora está em 80,4% depois de chegar a 80,5% no dia 13, ante 80% do dia 6. Nos últimos doze meses, até outubro, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o preço da gasolina avançou 42,72% no país. O etanol acumula 51,25% no mesmo período, ante 36,32% do diesel.
No dia 26 de outubro, o litro da gasolina vendido pela Petrobras às distribuidoras passou de R$ 2,98 para R$ 3,19, o que representa um aumento de R$ 0,21 ou de cerca de 7%. Já o litro do diesel subiu para R$ 3,34 nas refinarias, o que significa reajuste de 9% sobre o preço médio de R$ 3,06, com impacto de R$ 0,24.
Os preços dos combustíveis permanecem estáveis nas bombas de Ribeirão Preto. Ainda tem posto bandeirado cobrando R$ 6,70 (R$ 6,697) pelo litro da gasolina. O etanol custa R$ 5,50 (R$ 5,597). Em cerca de dez dias, a gasolina acumula reajuste de 5,3% e o álcool combustível, de 11,9% na cidade.
Nos sem-bandeira, a média para a gasolina saltou de R$ 6,20 (R$ 6,199) para R$ 6,40 (R$ 6,399), aumento de 3,2% e acréscimo de R$ 0,20. O litro do etanol chega a R$ 5,10 (R$ 5,099), alta de 4,1% e R$ 0,20 a mais do que os R$ 4,90 (R$ 4,897) anteriores.
O consumidor deve pesquisar porque há variação para mais e para menos tanto nos bandeirados quanto nos independentes. Com base nos valores de R$ 5,50 para o derivado da cana e de R$ 6,70 para o do petróleo, a paridade está em 82,1%, recorde histórico, e não é vantajoso abastecer com álcool, já que o limite é de 70%.
Etanol recua nas usinas
Nas usinas paulistas, o álcool combustível registrou queda pela segunda semana seguida. Mas o valor do hidratado segue acima de R$ 3,65, depois de encostar em R$ 3,90. Baixou de R$ 3,8099 para R$ 3,6591, recuo de 4,03%. Em cerca de 60 dias, o avanço ainda chega a 11,03%.
O preço do anidro – adicionado à gasolina em até 27% – caiu 1,30% e agora está abaixo de R$ 4,40. Recuou de R$ 4,4299 para R$ 4,3723. Acumula alta de 14,19% em 50 dias. Os dados foram divulgados na sexta-feira (19) pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq/USP).