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Injeção contra covid-19 funciona no longo prazo

A AstraZeneca consolidou na quinta-feira, 18 de novem­bro, sua liderança na apresen­tação ao mercado de uma in­jeção que previne a covid-19 para não-infectados que não reagem bem a vacinas. Segundo a empresa, o coquetel de remé­dio de anticorpos ofereceu 83% de proteção ao longo de seis meses. Em agosto, uma leitura inicial do teste de estágio avan­çado Provent apontou que a terapia, batizada de AZD7442 ou Evusheld, conferiu 77% de proteção contra doenças sinto­máticas depois de três meses.

A empresa anglo-sueca também disse que um estudo separado em pacientes com covid-19 leve a moderada mos­trou que uma dose mais forte de AZD7442 diminuiu o risco de agravamento dos sintomas em 88% quando administrada até três dias após os primeiros sintomas. O tratamento é dado de uma vez com duas injeções sequenciais no braço.

Os resultados mais recentes de exames de acompanhamento de longo prazo podem posicio­nar a AstraZeneca, como a rival Pfizer, como provedora futura das duas vacinas e tratamentos contra a covid-19, e a Astra­Zeneca disse que a “verdadeira vantagem” da terapia é a injeção preventiva. A Pfizer também apresentou dados de eficácia promissores de seu candidato a tratamento oral contra a co­vid-19, que pode ser distribuído mais facilmente do que injeções.

A empresa também é uma fornecedora destacada de va­cinas, com a parceira da BioN­Tech. “Estes dados novos se so­mam ao conjunto crescente de indícios que apoiam o potencial do AZD7442. Estamos avan­çando com pedidos regulatórios em todo o mundo e esperamos fornecer uma nova opção im­portante contra o Sars-CoV-2 o mais rapidamente possível”, dis­se o vice-presidente-executivo da AstraZeneca, Mene Panga­los, em um comunicado.

No mês passado, o grupo so­licitou a aprovação do remédio a autoridades norte-americanas e europeias. Anticorpos monoclo­nais da Regeneron, Lilly e GSK­-Vir foram aprovados pela agência reguladora dos Estados Unidos para o tratamento de pacientes de covid-19 fora dos hospitais. Para o teste Provent da AstraZeneca, quase 5,2 mil participantes sem infecção foram separados aleato­riamente em dois grupos.

Para cada voluntário que re­cebeu placebo ineficaz, dois par­ticipantes receberam o tratamento de fato. Os participantes corriam risco de sofrer casos graves de co­vid-19 se ficassem infectados ou fossem imunocomprometidos, o que significa que estavam sen­do tratados de câncer ou rece­bendo medicamentos devido a uma doença autoimune ou um transplante de órgão.

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