Tribuna Ribeirão
Economia

RP recebe mais R$ 7,8 mi em ICMS

© Marcello Casal JrAgência Brasil

A Secretaria da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo (Sefaz-SP) transfe­riu nesta quarta-feira, 17 de novembro, R$ 558,86 milhões do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para os 645 municí­pios paulistas. O depósito é re­ferente ao montante arrecada­do entre 8 e 12 de novembro.

Ribeirão Preto recebeu R$ 24.128.780,84 em novem­bro, em três parcelas – R$ 8.250.042,34 no dia 3, mais R$ 8.323.954,14 no dia 9 e a tercei­ra de R$ 7.808.049,15 na últi­ma quarta-feira –, totalizando R$ 434.062.554,79 em repasse de ICMS somente neste ano. Em outubro, o valor repas­sado ao município foi de R$ 44.347.933,97.

O montante deve cair se o Congresso Nacional aprovar o projeto que altera a forma de cobrança do ICMS para mitigar a alta dos preços dos combustí­veis. A proposta foi aprovada na Câmara e está tramitando agora no Senado, que sofre pressão de governadores e secretários es­taduais da Fazenda. Os Estados recalcularam em R$ 32 bilhões o tamanho das perdas.

Em nota, o Comitê Nacional de Secretários Estaduais de Fa­zenda (Comsefaz), diz que essa redução ocorrerá também para as prefeituras. Os valores repas­sados correspondem a 25% da arrecadação do tributo, que são distribuídos com base na aplicação do Índice de Parti­cipação dos Municípios (IPM) definido para cada cidade.

Depois de não consegui­rem barrar o projeto na Câ­mara, os Estados promovem uma articulação para que os senadores rejeitem o projeto. Com os depósitos efetuados na quarta-feira, o valor destinado aos municípios em novembro sobe para R$ 1,17 bilhão. Nos primeiros dez meses de 2021, a Secretaria da Fazenda do Esta­do de São Paulo depositou R$ 30,26 bilhões aos municípios.

Os depósitos semanais são realizados sempre até o segun­do dia útil de cada semana, conforme prevê a lei comple­mentar nº 63, de 11 de janei­ro de 1990. Os repasses aos municípios são liberados de acordo com os respectivos Ín­dices de Participação dos Mu­nicípios, conforme determina a Constituição Federal. Em seu artigo 158, inciso IV está estabelecido que 25% do pro­duto da arrecadação de ICMS pertencem aos municípios, e 25% do montante transferido pela União ao Estado, refe­rente ao Fundo de Exportação (artigo 159, inciso II e § 3º).

Segundo a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2021, a prefei­tura pretende arrecadar este ano, com transferências correntes – ICMS, Imposto sobre Proprie­dade de Veículos Automotores (IPVA) e Fundo de Participação dos Municípios (FPM), entre outros repasses estaduais e fe­derais –, R$ 1.165.783.215, au­mento de 2,03% em relação aos R$ 1.142.594.152 de 2020. A ex­pectativa do governo para 2021 é de uma receita corrente total de R$ 3.522.693.665. São R$ 2.652.107.920 da administração direta (75,3%) e R$ 870.585.745 da indireta (24,7%).

No caso da administração direta, a peça prevê arrecadação tributária de R$ 1.175.776.907 – Imposto Predial e Territo­rial Urbano (IPTU), Imposto Sobre Serviços (ISS), Imposto sobre Transferência de Bens Imóveis (ITBI) e taxas, entre outros –, alta de 5,52% em relação aos R$ 1.114.254.625 de 2020. Além disso, há ain­da a previsão de arrecadar R$ 310.547.798 com receitas de capital, queda de 17,18% em comparação com os R$ 374.960.835 de 2020.

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