O CEO global da Pfizer, Alfred Bourla, teceu críticas pesadas contra quem compartilha informações falsas sobre as vacinas contra a Covid-19. Segundo o executivo, essas pessoas seriam criminosas e as informações que eles passam à frente custam milhões de vidas.
De acordo com Bourla, esses grupos são minoritários, mas suficientes para fazer com que um número preocupante de pessoas hesite em se vacinar contra a Covid-19. “Elas não são pessoas más. Elas são criminosas porque literalmente custaram milhões de vidas”, disse o executivo sobre os negacionistas.
Vida normal à vista
Durante uma entrevista ao centro de reflexão Atlantic Council, que tem sede na cidade de Washington, o CEO da Pfizer disse acreditar que a vida pode voltar a ser o que era antes da pandemia. Porém, isso depende de uma quantidade maior de pessoas tomarem a vacina.
Segundo Bourla, a única coisa que está no caminho para a volta de uma vida normal é a hesitação de algumas pessoas em se vacinar. O CEO credita esse receio de alguns à desinformação e boatos falsos sobre as vacinas que circulam pela internet.
Algumas pessoas acreditam, por exemplo, que as vacinas causam infertilidade masculina ou contêm microchips para que o governo chinês monitore as pessoas através da tecnologia 5G. Algumas pessoas defendem, inclusive, que as vacinas causam alterações no DNA humano.
Campanha forte nos EUA
No Brasil, essa campanha antivacinas não causou um grande dano na vacinação dos adultos. Segundo dados do Ministério da Saúde, mais de 75% dos adultos elegíveis tomaram pelo menos uma dose da vacina contra a Covid-19 e mais de 56% já estão com o esquema vacinal completo.
Porém, nos Estados Unidos a situação é um pouco mais delicada. Por lá, mais de três quartos dos adultos declararam acreditar ou não ter certeza sobre pelo menos uma das oito informações falsas mais comuns sobre a Covid-19 ou as vacinas contra a doença.
Por conta disso, uma parcela significativa dos adultos elegíveis ainda não tomou a vacina, mesmo que o país seja um dos que mais disponibiliza doses de vacina no mundo proporcionalmente à sua população.
Via: O Globo