Tribuna Ribeirão
Política

Lei Orçamentária recebe 183 emendas

ALFREDO RISK

A Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2022 – que fixa recei­tas e despesas da administração direta e indireta de Ribeirão Preto para o próximo ano – re­cebeu 183 emendas de verea­dores, sendo que 84 somam R$ 95.777.600. Outras 99, apesar de proporem ações e investi­mentos em setores como edu­cação e saúde, não estabelecem quanto de dinheiro a prefeitura deverá dispensar.

Dez parlamentares apre­sentaram emendas e outros doze não fizeram sugestões. O campeão é Maurício Gasparini (PSDB), com 121. Na sequên­cia está Igor Oliveira (MDB), com 20, e Sérgio Zerbinato (PSB), com mais oito. Na sequ­ência aparecem Gláucia Bere­nice (DEM), com sete, Ramon Faustino (Psol, Coletivo To­das as Vozes) e Duda Hidalgo (PT), com seis cada.

Judeti Zilli (PT, do Coletivo Popular) e Paulo Modas (PSL) apresentaram cinco emendas cada. Matheus Moreno (MDB) e o presidente da Câmara, Ales­sandro Maraca (MDB), fizeram duas sugestões cada. Brando Veiga (Republicanos) tem uma propositura. O prazo para os 22 vereadores apresentarem emen­da terminou na quinta-feira (4).

A Comissão Permanente de Finanças, Orçamento, Fiscali­zação, Controle e Tributária da Câmara de Ribeirão Preto vai promover nesta segunda-fei­ra, 8 de novembro, a partir das 18h30, a segunda e última au­diência pública para discussão da Lei Orçamentária de 2022. A primeira foi realizada em 25 de outubro. Será no plenário Jornalista Orlando Vitaliano, no Palácio Antônio Machado Sant’Anna, sede do Legislativo, na avenida Jerônimo Gonçal­ves nº 1.200, Vila República.

Nas audiências a população pode apresentar sugestões ao projeto do Executivo. Mesmo que sejam aprovadas no ple­nário da Câmara, as emendas correm o risco de serem vetadas pelo prefeito Duarte Nogueira (PSDB). Neste ano, por exem­plo, o chefe do Executivo barrou 22 propostas apresentadas pelos parlamentares que somavam gasto extra de R$ 15.980.000, sem indicar a fonte da receita.

Apenas três que tratavam de alteração no texto – ou seja, téc­nicas – foram sancionadas pelo tucano. A Comissão Permanen­te de Finanças, Orçamento, Fis­calização, Controle e Tributária da Câmara de Ribeirão Preto, responsável pelas audiências, é presidida pelo vereador Renato Zucoloto (PP). As audiências são híbridas, online e presencial.

Após as reuniões, os parla­mentares votarão o projeto de lei em duas sessões extraordinárias. A LOA do ano que vem tem de ser devolvida para a sanção do prefeito Duarte Nogueira até 23 de dezembro, só assim terá va­lidade no próximo exercício fis­cal, ou seja, em 2022. Atualmen­te, o projeto continua disponível para apresentação de emendas.

A Lei Orçamentária Anual tem valor recorde para o próxi­mo ano, com receita total esti­mada em R$ 3.728.645.262. São R$ 205.951.597 a mais que os R$ 3.522.693.665 previstos para 2021, alta de 5,84%. O projeto foi entregue ao vice-presidente do Legislativo, Bertinho Scan­diuzzi (PSDB), pelo secretário municipal da Casa Civil, Ricar­do Aguiar, em 30 de setembro.

Do total estimado para o ano que vem, R$ 2.798.609.360 são da administração direta (75,1%) e R$ 930.035.902 da indireta (24,9%). Para 2021, as estimativas indicam R$ 2.652.107.920,00 (ou 75,3%) e R$ 870.585.745,00 (ou 24,7%), respectivamente. Com impos­tos, taxas e outros tipos de con­tribuições, a prefeitura espera arrecadar R$ 1.212.400.581.

São R$ 439.000.000 refe­rentes ao Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e R$ 347.031.450 do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN). Para a Se­cretaria Municipal da Edu­cação deverão ser repassados R$ 661.774.003, ou seja, 25% como determina a legislação federal. Outros 15% vão para a Secretaria Municipal da Saúde, totalizando R$ 717.400.397.

A Lei Orçamentária Anual de 2022 demonstra todas as receitas e despesas da adminis­tração municipal para o próxi­mo ano, o que possibilita uma visão completa das projeções de arrecadação, custeio e in­vestimentos governamentais. Na elaboração do projeto fo­ram considerados fatores in­ternos e externos a Ribeirão Preto, com previsão de um cenário econômico-financeiro mais otimista para o ano que vem considerado como perío­do pós-pandemia.

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