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Leilão do 5G – Claro e Telefônica vencem no estado

JOSÉ CRUZ/AG.BR.

A Claro arrematou o lote E03 para oferecer tecnologia 4G no Estado de São Paulo, dentro da faixa 2,3 GHz. A empresa saiu vencedora ao propor uma outorga de R$ 750 milhões, com ágio de 755,1%. Ribeirão Preto está na área de cobertura da ope­radora e também da Telefô­nica, mas várias cidades da região ficaram de fora.

O lote foi disputado lance a lance por Claro e Telefôni­ca (Vivo), que em sua última oferta propôs R$ 682,5 milhões pelo bloco. Ao fim, a Claro ofereceu o maior valor e ficou com o lote. A área de prestação é formada pelo Estado de São Paulo, com exceção de alguns dos municípios da região.

Já a Telefônica Brasil arre­matou o lote F03, para pres­tação do serviço no Estado de São Paulo, com exceção de alguns municípios, com ou­torga de R$ 231 milhões e ágio de 229,21%. Os lotes do tipo F oferecem 40 MHz no bloco, enquanto que os lotes do tipo E dispõem de 50 MHz.

Nem Claro, nem Telefôni­ca vão atuar em Altinópolis, Aramina, Batatais, Brodowski, Buritizal, Cajuru, Cássia dos Coqueiros, Colômbia, Franca, Guaíra, Guará, Ipuã, Ituvera­va, Jardinópolis, Miguelópolis, Morro Agudo, Nuporanga, Or­lândia, Ribeirão Corrente, Sa­les de Oliveira, Santa Cruz da Esperança, Santo Antônio da Alegria e São Joaquim da Barra.

A Algar Telecom SA arre­matou o lote C08 para oferecer tecnologia 5G, na faixa 3,5 GHz, em cidades do Sul de Minas Ge­rais; em Paranaíba, no Mato Grosso do Sul, nas cidades de Buriti Alegre, Cachoeira Dou­rada, Inaciolândia, Itumbiara, Paranaiguara e São Simão, no Estado de Goiás, e em alguns municípios de São Paulo.

A empresa saiu vencedora ao propor uma outorga de R$ 2,350 milhões, com ágio de 358,5%, no leilão ofertado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) nesta quinta-feira, 4 de novembro. O compromisso da Algar será de prover o ser­viço de 5G em municípios com menos de 30 mil habitantes na região. A disputa encerrou a fase do leilão de lotes do tipo C (bloco de 80 MHz), em áreas de prestação regional.

Na faixa de 2,3 GHz, apesar do compromisso das empresas em cobrir com 4G a relação de 95% da área urbana dos mu­nicípios sem a tecnologia, a frequência também poderá ser usada para o 5G. Claro, TIM e Telefônica (Vivo) arremata­ram mais três lotes no leilão do 5G com abrangência nacio­nal, dentro da faixa 3,5 GHz, a mais importante da nova tec­nologia. Os valores de outor­ga pagos foram de R$ 80,338 milhões, R$ 80,337 milhões e R$ 80,337 milhões, respecti­vamente, para os blocos D33, D34 e D35.

As empresas terão de for­necer o serviço 5G em muni­cípios com mais de 30 mil ha­bitantes, instalar o backhaul de fibra óptica em cidades, além de compromissos associados à migração de canais transmi­tidos por TV parabólica para uma nova banda (Ku), e à im­plementação de redes públicas.

Com isso, a Anatel concluiu a fase de leilão da faixa 3,5 GHz, para depois continuar o certame para a faixa de 2,3 GHz. A faixa de 3,5 GHz é exclusiva para o 5G, com capacidade de trans­missão de altíssima velocidade. Ela é a frequência mais usada no mundo inteiro para o 5G, com foco no varejo (consumi­dores finais) e na indústria.

O espectro é considerado ideal para atender áreas urba­nas. A Winity II Telecom le­vou a frequência de 700 MHz, e como é uma empresa ainda não detentora de faixa de ra­diofrequência, o Brasil terá uma nova operadora móvel com abrangência nacional. O leilão começou nesta quinta­-feira e deve terminar só nesta sexta-feira (5).

A Telefônica Brasil (Vivo) arrematou o lote E07 para ofe­recer tecnologia 4G nos Esta­dos do Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais dentro da faixa 2,3 GHz. A empresa saiu vencedora ao propor uma outorga de R$ 176,4 milhões, e ágio de 124,75% no leilão ofertado pela Anatel. O lote foi disputado entre a Telefônica e TIM, que em sua última pro­posta ofereceu a outorga de R$ 168 milhões.

Apenas 19 municípios bra­sileiros estão legalmente aptos para a chegada do 5G, nova geração de internet móvel que promete revolucionar o uso da tecnologia. Ribeirão Preto figura entre essas ci­dades, graças à lei comple­mentar número 2.990/2019, de autoria do prefeito Duarte Nogueira (PSDB).

Também é a única do in­terior de São Paulo a contar com legislação específica so­bre o tema. A tecnologia 5G é um novo padrão para dispo­sitivos móveis que trará mu­danças quantitativas e qua­litativas na forma como as pessoas utilizam esses apare­lhos, permitindo novas fun­cionalidades e um incremen­to significativo do número e da velocidade das conexões.

Segundo o ministro das Comunicações, Fábio Faria, o leilão do 5G vai garantir in­ternet para todos os lugares do Brasil e acabar com os “deser­tos digitais”. A tecnologia per­mite o envio de uma quanti­dade maior de dados com um tempo menor de resposta, per­mitindo a conexão de diversos equipamentos e máquinas. Segundo o ministro, dos mais de R$ 49 bilhões previstos para serem arrecadados com o lei­lão, a maior parte será investi­da em infraestrutura.

Arrecadação
No maior leilão da história do país, atrás apenas da licita­ção do pré-sal, a Anatel con­seguiu vender praticamente todos os lotes de frequências ofertadas do 5G. O governo conseguiu arrecadar R$ 7,089 bilhões, um ágio de 247% so­bre o lance mínimo das faixas ofertadas nesta quinta-feira, de R$ 2,043 bilhões. Os nú­meros foram calculados pela Conexis, entidade que repre­senta as maiores operadoras do país. Foram 26 lotes lici­tados, e dois de abrangência nacional da faixa de 3,5 GHz, a principal do 5G, não rece­beram interessados.

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