Os fãs do cinema documental já podem revisitar a primeira temporada de “Cineastas do Real”, programa apresentado por Amir Labaki no Canal Brasil, em um novo formato: o conteúdo foi adaptado para o formato de podcast e está disponível nas plataformas digitais a partir de hoje, 03/11. Na atração, Amir Labaki busca entender as motivações por trás de importantes documentários e vasculha detalhes da filmografia de seus realizadores. Fundador e curador do Festival É Tudo Verdade, dedicado ao gênero, Amir tem uma relação muito próxima com essa vertente e recebe, no programa, consagrados documentaristas brasileiros para conversas sobre o universo do cinema real.
“O podcast “Cineastas do Real” oferece entrevistas emblemáticas com os principais documentaristas brasileiros. Nosso objetivo é levar esse conteúdo tão rico ao maior número de pessoas, para democratizar a cultura e celebrar o nosso cinema. Temos o prazer de comemorar mais um lançamento com nosso parceiro de longa data Amir Labaki”, celebra Gesiele Vendramini, gerente de negócios, produção e digital do Canal Brasil.
A seleção escolhida por Labaki para a primeira temporada do programa traz cineastas fundamentais da história do nosso cinema de realidade. Helena Solberg relembra os detalhes de filmes como “Banana is my Business” (1995) e “Vida de Menina” (2004), Silvio Tendler fala sobre as três maiores bilheterias brasileiras de documentários da história, “O Mundo Mágico dos Trapalhões” (1981), “Jango” (1984) e “Os Anos JK” (1980). Dono de mais de 70 prêmios internacionais, Silvio Back comenta os bastidores de “Lost Zweig” (2002) e “A Guerra dos Pelados” (1970). A lista de convidados traz ainda Jorge Bodansky, João Batista e Carlos Nader, entre outros.
No episódio de estreia, o cineasta Vladimir Carvalho conta um pouco de sua história desde quando, ainda na Paraíba, conheceu o longa “Man of Aran” (1934), de Robert J. Flaherty. “Foi um choque positivo, extraordinário. Fiquei com aquilo na cabeça por anos”, conta o diretor que foi assistente de Linduarte Noronha, em “Aruanda”, seu primeiro trabalho no cinema ainda na década de 50. Vladimir e o anfitrião Amir falam de como esse filme foi importante como influência para o Cinema Novo desenvolver e trilhar um caminho estético próprio e como o olhar nordestino do diretor sempre fez a diferença. “Eu saí da Paraíba, mas o nordeste não saiu de mim. Tem um caminho autobiográfico no meu trabalho”, conta Vladimir.
Amir Labaki – fundador e diretor do “É Tudo Verdade – Festival Internacional de Documentários” – foi também diretor do Museu da Imagem e do Som de São Paulo e membro do rol de críticos do Festival Internacional de Documentários de Amsterdã (Holanda), o principal evento mundial dedicado ao gênero. Desde 2004 é curador da faixa de documentários “É Tudo Verdade”, no Canal Brasil.