Tribuna Ribeirão
Cultura

As incertezas em torno da nova novela das nove da Globo

FÁBIO ROCHA

A Globo promove em 8 de no­vembro a estreia de “Um Lugar ao Sol”, substituta de “Impé­rio”, a primeira novela de Lícia Manzo no horário das 21h. Esse simples fato, trabalho de uma autora estreante, já seria motivo de muita expectativa e ansieda­de. Afinal, trata-se do mais im­portante espaço de dramaturgia da casa, ocupado apenas por um seleto grupo de roteiristas.

Porém, como outro aspecto, não menos importante, a necessidade provocada pela pandemia, alvo de muitos comentários e até certa preocupação, que é o fato de ir ao ar inteiramente gravada, sem chance de qualquer correção. Pacote fechado. Isso se deu em função das diversas paralisações de suas gravações durante a crise sanitária, dentro e fora dos Estúdios Globo.

Vai dar certo? Uma novela em que não se pode mexer? Pergun­tas ainda sem respostas. “Um Lugar ao Sol”, com duração menor em relação às outras produções do horário, tem Cauã Reymond como protagonista, interpretando irmãos gêmeos: Christofer, adotado por uma família rica do Rio, que terá seu nome trocado para Renato, e Cristian, que ficará com o pai humilde.

Sem dinheiro, o homem enviará o filho para um abrigo, e ele será obrigado a enfrentar uma situação de vulnerabilidade social des­de a infância. Anos depois, os irmãos voltarão a se encontrar. Re­nato, no entanto, não aproveitará sua vida ao lado do parente. O rico acabará morto em uma tragédia, e Cristian decidirá assumir a vida do irmão. Um dramalhão, com todos os requintes.

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