A empresa de logo azul, criada por um moleque de Harvard, que as pessoas aprenderam a amar e depois a odiar, mudou de nome. Agora, o Facebook se chama Meta. A mudança foi anunciada por Mark Zuckerberg na quinta-feira, 28 de outubro, durante a conferência Facebook Connect, evento de realidade virtual (VR) e realidade aumentada (AR) da empresa.
Atolado em uma crise por conta das denúncias de que negligenciou a moderação de conteúdo para continuar lucrando, Zuckerberg afirmou que a nova marca era necessária para refletir os novos interesses da empresa. “Criar produtos de redes sociais sempre será importante para a gente, mas acreditamos que o nome Facebook está altamente ligado a isso”, diz.
“O nome não engloba mais tudo o que queremos fazer. É hora de adotarmos uma nova marca para a nossa companhia”, emenda o fundador da empresa. Isso não significa que a rede social vai desaparecer – nem que isso vai causar mudanças em serviços como Instagram e WhatsApp. A alteração cria uma holding que vai comandar os dois diferentes negócios da empresa: o de redes sociais e o dedicado a AR e VR.
É algo parecido com o que o Google fez ao criar a Alphabet, em 2015. A mudança, que inclui uma nova logomarca, foi anunciada após uma hora de apresentação, na qual Zuckerberg apresentou sua visão para a criação de um metaverso – ele continuará sendo presidente executivo da empresa.
Na apresentação, Zuckerberg passou superficialmente pelos problemas. Ele reconheceu que está passando por um escrutínio público, mas afirmou que vai continuar olhando para o futuro. O presidente do Facebook abriu o evento com um discurso defensivo.
“A realidade é que sempre terão problemas, e algumas pessoas podem ter a visão de que nunca é um momento realmente certo para focar no futuro. Do meu ponto de vista, acho que estamos aqui para criar coisas e acreditamos que podemos fazer isso. Achamos que é importante seguir em frente.”