Nesta terça-feira, 26 de outubro, o Ministério do Trabalho divulgou os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). A economia de Ribeirão Preto fechou setembro com saldo de 2.234 novas vagas de emprego com carteira assinada, o 15º superávit seguido desde julho do ano passado.
O resultado de agosto, fruto de 11.164 admissões e 8.930 demissões, é 47,6% superior ao superávit de 1.514 postos do mesmo mês do ano passado, o sexto da fase mais severa da pandemia de coronavírus na cidade, quando a economia ribeirão-pretana contratou 8.545 pessoas e dispensou 7.031. São 720 postos de trabalho a mais em 2021.
Na comparação com o saldo de 1.900 novos empregos com carteira assinada de agosto deste ano (fruto de 10.618 contratações e 8.718 rescisões, dados atualizados ontem), a tendência também é de alta, com aumento de 17,6% em setembro, abertura de 334 vagas. O resultado de 2.234 novos postos também é mais significativo para o nono mês de toda a série histórica do Caged, que começou em 2003.
Até então, o melhor saldo da série eram as 1.586 novas vagas de 2009 (com 8.292 admissões e 6.706 demissões). O pior resultado ocorreu em setembro de 2015, quando a economia ribeirão-pretana encerrou o mês com fechamento de 958 postos de trabalho com carteira assinada, fruto de 6.751 admissões e 7.709 demissões.
Em nove meses deste ano, a cidade contabiliza superávit de 12.934 empregos formais (84.295 contratações e 71.361 demissões), contra déficit de 5.848 do mesmo período de 2020 (foram 62.370 admissões e 68.218 demissões). O aumento em 2021 passa de 321,2%, com a abertura de 18.782 vagas a mais. É o melhor resultado de toda a série histórica.
Em 2011, o saldo foi de 11.360 novos postos de trabalho (78.042 contratações e 66.682 rescisões). O pior desempenho é o do ano passado, déficit de 5.848 vagas encerradas. O segundo pertence a 2015, com rombo de 3.433 postos de trabalho (77.594 contratações e 81.027 rescisões).
Ribeirão Preto também conseguiu reverter o saldo negativo da pandemia. Entre abril de 2020 e setembro de 2021, período das restrições impostas pela quarentena, a cidade contratou 146.618 pessoas e demitiu 134.110, superávit de 12.508. Em doze meses, o superávit do emprego formal em Ribeirão Preto é de 18.835 novas carteiras assinadas (111.689 admissões e 93.304 demissões).
É o melhor resultado da série histórica, que coloca Ribeirão Preto na 18ª posição do cenário nacional no ranking de geração de empregos. Antes, era de 2010, com saldo de 13.444 empregos (100.183 contratações e 86.739 rescisões). O pior déficit é de 2015, de 5.759 carteiras assinadas a menos (105.157 novos contratos e 110.916 demissões).
Os dados do Caged são atualizados todo mês, por isso há divergências em relação às informações mensais divulgadas anteriormente. O Ministério do Trabalho alterou o sistema de divulgação de dados e faz ajustes mensais. Os números mudam todo mês. Em 2021, Ribeirão Preto registrou superávit em janeiro (1.247), fevereiro (1.622), março (370), abril (667), maio (1.688), junho (1.309), julho (1.897), agosto (1.900) e setembro (2.234)
No ano passado, Ribeirão Preto registrou superávit em janeiro (465), fevereiro (1.287), julho (381), agosto (868), setembro (1.514), outubro (2.113), novembro (2.934), o melhor resultado da pandemia e dos últimos anos) e dezembro (404). Os déficits ocorreram em março (-1.723 vagas), abril (-5.515, o maior rombo da história para o mês), maio (-2.733) e junho (-392).
Ribeirão Preto fechou o ano de 2020 com déficit de 397 vagas de emprego formal, resultado de 89.764 admissões e 90.161 demissões. Em comparação com 2019, quando a economia local registrou superávit de 3.260 carteiras assinadas (99.483 contratações e 96.223 rescisões), a queda chega a 112,2% e menos 3.657 postos. O superávit de 2019 foi o quarto resultado mais expressivo do estado. Ficou atrás da capital (80.831), Barueri (7.546) e Suzano (4.917).