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Incor quer iniciar testes clínicos de vacina spray

MARCELO CAMARGO/AG.BR.

O Instituto do Coração (Incor) em São Paulo enviou à Agência Nacional de Vigi­lância Sanitária (Anvisa), na quinta-feira, 21 de outubro, pedido de autorização para os testes clínicos da vacina em spray contra a covid-19. A ideia é iniciar as fases 1 e 2 do estudo em 2022. O do­cumento detalha aspectos técnicos e metodológicos do imunizante em avaliação.

De acordo com o Incor, a vacina spray “é inédita no mundo não apenas pela sua forma de administração pelas narinas, mas também pelos componentes derivados do ví­rus que ele utiliza para a imu­nização e pelo veículo que os transporta (nanopartículas)”, aponta nota da instituição.

O imunizante é desen­volvido pelo Laboratório de Imunologia do InCor e tem como parceiros a Universi­dade Federal de São Paulo (Unifesp) e a Universidade de São Paulo (USP), especifica­mente a Faculdade de Medi­cina, o Instituto de Ciências Biomédicas e a Faculdade de Ciências Farmacêuticas.

Os resultados iniciais são promissores. Os experimen­tos mostram que animais imunizados com a vacina spray tiveram altos níveis de anticorpos IgA e IgG e tam­bém uma resposta celular pro­tetora. Serão 280 participan­tes divididos em sete grupos.

Seis deles vão tomar do­ses diferentes entre si e o último vai receber placebo. A dose diferenciada é para testar a melhor dosagem. Es­sas fases devem durar até três meses. O objetivo é avaliar a segurança, a resposta imune e o esquema vacinal (dose) mais adequado.

O Incor aponta que, dife­rentemente das vacinas exis­tentes, que usam a proteína spike para induzir a resposta imune do organismo, o imu­nizante que está em desen­volvimento utiliza peptídios sequenciais derivados de proteínas que compõem o ví­rus. A forma de administrar o medicamento, pelas nari­nas, utiliza uma nanopartícu­la que consegue ultrapassar a barreira protetora dos cílios e do muco.

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