O Instituto de Previdência dos Municipiários (IPM) emitiu nota de alerta nesta quinta-feira, 21 de outubro, para orientar os cerca de 6.280 aposentados e pensionistas sobre uma tentativa de golpe, em que estelionatários se apresentam em nome da advogada do órgão previdenciário para obter dados bancários e informações pessoais dos beneficiários.
Duas aposentadas foram contatadas pelos golpistas na terça-feira, dia 19, via WhatsApp, mas os criminosos não obtiveram êxito, pois as vítimas desconfiaram da abordagem. Segundo o IPM, a advogada do instituto trabalha como assessora técnica de forma exclusiva e não pertence a qualquer escritório de advocacia.
Portanto, se algum beneficiário for procurado por WhatsApp, telefone, e-mail ou carta para fins de processos judiciais ou pagamento de precatórios, não deve repassar dados pessoais ou bancários. “Pedimos ainda, caso possível, que a conversa seja copiada ou gravada para tomarmos as providências cabíveis”, informa o IPM.
O Instituto de Previdência dos Municipiários, que tem Maria Regina Ricardo como superintendência, já registrou a tentativa de golpe em boletim de ocorrência junto à autoridade policial. O IPM ainda orienta que dúvidas sobre a comunicação mantida com aposentados e pensionistas podem ser esclarecidas pelo telefone (16) 3977-4999.
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) também alerta para alguns tipos de golpe contra aposentados e pensionistas. Essa prática se tornou comum nos últimos anos em várias regiões do país. A maioria das situações ocorre por meio de ligação telefônica aos segurados ou envio de mensagens por e-mail. Além de dados pessoais, os estelionatários também pedem a transferência de dinheiro para a liberação de supostos benefícios.
Segundo o INSS, em um desses golpes os criminosos têm se passado por integrantes do Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) visando pedir a transferência de dinheiro para liberar supostos valores de benefícios atrasados. Eles ligam para o segurado argumentando que ele teria direito a receber valores atrasados de valores pagos pela Previdência Social.
Para a liberação do dinheiro, é solicitado que os segurados informem dados pessoais, além de efetuar o depósito de determinada quantia em uma conta bancária. Outra prática fraudulenta aplicada é a da falsa revisão de benefício. Nesse tipo de golpe, os estelionatários abordam os segurados e afirmam que teriam direito a receber valores referentes a uma falsa revisão de benefícios concedidos em governos anteriores.
Também é solicitada a transferência de dinheiro para outra conta para a revisão fraudulenta. Segundo a Previdência, todas as revisões de benefícios são baseadas na legislação e os segurados não precisam fazer nenhum pagamento para ter direito. Outro tipo de situação é a da falsa auditoria geral da Previdência. Nessa modalidade, os criminosos enviam documentos a segurados convocando para uma chamada para resgate.