Tribuna Ribeirão
Artigos

Os três “P”

Não é exagero afirmar que os três fatores que mais ameaçam a huma­nidade são a poluição, a população e a pobreza. Coincidentemente os três se iniciam pela letra “P”.

Poluição – Entende-se por poluição qualquer degradação, física ou química, de um ecossistema, por adição ou remoção de substâncias naturais. Poluição não é sinônimo de contaminação, já que esta última é sempre deter­minada pela introdução de produtos ou micro-organismos no meio ambiente em quantidades capazes de prejudicar a vida de animais ou vegetais. O conceito de poluição é muito mais amplo. Podemos dizer que a contaminação é um tipo particular de poluição e que um ambiente contaminado é poluído, mas um ambiente poluído nem sempre é contaminado.

Tipos de poluição – A poluição pode atingir águas, solo e ar. As fontes poluidoras podem, entre outras, ser térmicas, radioativas, sonoras, luminosas ou visuais. Um mesmo agente pode levar a diferentes tipos de poluição. É o caso das queimadas, que poluem a atmosfera e o solo.

Poluição do solo: Pode ser causada por agentes lançados diretamente no solo ou indiretamente por meio da poluição de águas ou do ar atmosférico. Os principais agentes poluentes químicos do solo são: os pesticidas, herbici­das, hidrocarbonetos do petróleo, solventes e metais pesados como chumbo, mercúrio, cádmio, cromo e arsênio.

Poluição das águas: Podem atingir águas salgadas, águas doces e chegar até os lençóis freáticos. É o destino final de todos os poluentes, incluindo os que inicialmente são lançados no ar e no solo. A poluição pode determinar conseqüências graves, como envenenamento e morte de animais e vegetais. Não é incomum que observemos quadros de morte massiva de peixes devido ao despejo de poluentes em um curso de água.

Poluição do ar: Segundo a Organização Mundial da Saúde cerca de sete mi­lhões de pessoas morrem, por ano, como conseqüência da poluição do ar atmos­férico por gases, líquidos voláteis e partículas sólidas suspensas. Com freqüência considerável esses poluentes atmosféricos são emitidos por indústrias, veículos automotores, queimadas ou por fontes naturais, como os vulcões.

Poluição radioativa ou nuclear: É o tipo mais perigoso de poluição. Entre ou­tras razões porque os átomos radioativos tem uma vida média muito longa e assim as ações de uma poluição radioativa, com seus efeitos negativos, dura longo tempo. Um isótopo de plutônio tem um tempo de meia vida calculado 24.300 anos.

A explosão das bombas atômicas norte-americanas em Hiroshima e Naga­saki, o acidente na usina nuclear de Chernobyl, na antiga União Soviética e o aci­dente de Goiânia são exemplos de desastres nucleares determinados por radiações manipuladas pelos seres humanos para a guerra ou para a paz. Seus radioisótopos, liberados para o meio ambiente, continuam causando mutações nas vítimas, originando doenças como diferentes tipos de neoplasias malignas.

Poluição sonora: O ouvido humano tem limites de tolerabilidade aos níveis de sons. Esse nível é superado, em muito, nas grandes cidades, em indústrias, casas de espetáculo, mas, principalmente no trânsito de veículos automotores.

Poluição visual: Também é uma característica de grandes cidades, sendo representada principalmente por anúncios publicitários, placas, postes, fios e tantos outros. A presença de um grande número de elementos visuais leva a distúrbios psicológicos e até neurológicos. Algumas cidades já apresentam legislação que limitam a quantidade de figuras publicitárias e determinam a necessidade de harmonia entre esses materiais e o ambiente.

Poluição luminosa: Diferente da situação anterior, aqui não tratamos de imagens ou peças, mas de excesso de luz artificial. Esses excessos, que são também encontrados em grandes centros e incluem a iluminação pública, placas e letreiros de propaganda e luzes externas de residências e casas co­merciais. Os excessos luminosos repetidos podem determinar alterações nos ecossistemas, incluindo problemas de saúde pública.

A poluição pode afetar ar, águas e terra. O papel da “civilização” nesse proces­so é muito grande, sendo responsável por grande parte da poluição global. Uma das muitas ações poluidoras humanas, é o acúmulo de lixo em plena via pública. Situação ainda pior é a encontrada nos chamados “lixões a céu aberto”, onde adul­tos e crianças passam horas coletando lixo para garantir uma sobrevivência que possivelmente será afetada pelas doenças contraídas nesse ambiente inóspito.

População – População é um conjunto de indivíduos da mesma espécie, ou seja, podem se cruzar na natureza produzindo descendentes férteis. Uma população é estimada por número absoluto ou por densidade populacional (número absoluto de indivíduos por unidade de área). A população brasileira atual (junho/2016) é de cerca de 210 milhões de habitantes, sendo 51% feminina.

Demografia – Estuda a dinâmica das populações sob vários aspectos, como distribuição por sexo, por idade, por grau de instrução, taxas de nata­lidade e mortalidade, taxas de migração. Os indicadores demográficos são importantes na definição das características de um País ou um continente. Na próxima semana vamos refletir sobre a interação desses três grandes fatores: o aumento populacional determinando aumento da poluição e da pobreza.

Postagens relacionadas

Páscoa – A Importância dos Valores Cristãos

William Teodoro

Agora, resta torcer

Redação 1

O Natal entre irmãos: uma nova sociedade!

Redação 1

Utilizamos cookies para melhorar a sua experiência no site. Ao continuar navegando, você concorda com a nossa Política de Privacidade. Aceitar Política de Privacidade

Social Media Auto Publish Powered By : XYZScripts.com