Henrique Rossi *
[email protected]
Nasci no ano de 2003. Irei completar os meus 18 neste final de ano. Sou jovem e ainda tenho muito a viver. Por isso gostaria de parar um momento para reflexão: Como nós, jovens, gostaríamos do mundo futuramente para nós e para futuras gerações? Será que estamos no caminho certo ou devemos lutar para ainda encontrá-lo?
As páginas da História podem nos enganar, por serem escritas por seres humanos, e todos nós sempre seremos parciais, mas os fatos não nos enganam. Não vivi a Ditadura Militar, nem vivi muito intensamente o governo Lula, mas vivo o governo Bolsonaro, tendo a certeza de que é tão insano quanto os outros citados. Isso porque, neles, fechamos os olhos e idolatramos alguém, enquanto a nossa idolatria deveria ser ao Brasil e não a uma pessoa. Governos vêm e vão, enquanto nosso país fica à deriva no caos, deixado por aqueles que diziam nos governar.
Político não é para ser idolatrado; político é para ser cobrado. Os cargos que ali ocupam os tornam funcionários da nação!
Não queremos a saída de Bolsonaro para colocar o Lula de volta, não queremos nenhum dos dois no poder. Queremos acabar com os extremos, com a cega idolatria, para pensarmos numa Terceira Via, que, depois de viabilizada, será a nossa Primeira Via!
Obviamente quem for escolhido não será o salvador da Pátria. Vimos, no ano de 2018, que isso não existe. Mas não podemos deixar de sonhar que um dia as coisas vão mudar, e, para isso, devemos começar a mudança agora!
Primeiramente, precisamos de alguém que pense o Brasil, e não um partido político ou algumas classes que o representem, mas que pense no país como um todo, que enxergue as nossas diferenças, mas nos faça unidos.
Os conceitos de direita e esquerda nasceram na Revolução Francesa e perduram até os dias de hoje, e nós sabemos que jamais vão deixar de existir; aliás, são eles que tornam a democracia viva. Mas onde está a democracia no radicalismo de ideologias, quando faltamos com respeito a outro brasileiro, apenas por pensar diferente de nós?
O que precisamos pôr um fim não é em relação à direita nem à esquerda; é na polarização política, incitada por nossos últimos governantes. A corrupção e ameaças às instituições, isso sim fere diariamente a nossa democracia e, como disse o nosso grandioso Ulysses Guimarães, em 1988, enquanto promulgava a Constituição Cidadã: “Traidor da Constituição é traidor da Pátria!”.
Não toleraremos mais sermos enganados com falsas promessas eleitorais para, quando chegarem ao poder, esquecerem de quem os colocou lá, nós, o povo brasileiro. Estamos fartos da mesmice. São falsos populistas que estão ocupando a cadei
ra de Presidente da República.
Se quiser vir com discurso popular, então, para começar, que olhe para todo o povo brasileiro e não apenas para quem lhe agrade. Precisamos desesperadamente de alguém que nos una nas nossas diferenças, que faça o país crescer, agregando as divergências. Que, ao invés de criticar, tente entender o porquê do outro pensar assim; que elabore propostas e projetos não para interesse próprio; e, também, que não desfavoreça muitos para favorecer alguém.
Vivemos todos em realidades muito diferentes, muitos não têm as mesmas oportunidades que outros. Não têm as mesmas condições financeiras. Enfim, ninguém é igual a ninguém, cada um com suas dificuldades. Então não devemos julgar as razões do outro pois, provavelmente, ele tem um motivo oculto que apenas ele próprio conhece.
Não podemos continuar acreditando que existem apenas Lula e Bolsonaro. Existem talvez até milhões de pessoas mais capacitadas que eles para ocuparem esse cargo. Por isso devemos procurar, buscar, lutar, para que encontremos alguém que esteja disposto, verdadeiramente, a colocar o Brasil acima de tudo.
Então, brasileiros, temos uma única missão como nação; nos juntarmos, apesar de diferenças sociais ou ideológicas para NÓS, não líderes políticos e partidários, clamarmos por uma Terceira Via que extermine os extremos que nos dividem e nos una em favor da nossa Pátria, do nosso Brasil!
* Estudante de ensino médio