Tribuna Ribeirão
Economia

Pix noturno passa a ter limite de R$ 1 mil

PIX - Reprodução

Desde esta segunda-feira, 4 de outubro, as transferências e pagamentos feitos por pessoas físicas entre as 20 horas e as seis da manhã têm limite de R$ 1 mil. A medida foi apro­vada pelo Banco Central (BC) em setembro, com o objetivo de coibir os casos de fraudes, sequestros e roubos noturnos.

As contas de pessoas jurí­dicas não foram afetadas pe­las novas regras. A restrição vale tanto para transações por Pix, sistema de pagamen­to instantâneo, quanto para outros meios de pagamento, como transferências intra­bancárias, via Transferência Eletrônica Disponível (TED) e Documento de Ordem de Crédito (DOC), pagamentos de boletos e compras com cartões de débitos.

O cliente poderá alterar os limites das transações por meio dos canais de atendimen­to eletrônico das instituições financeiras. No entanto, os au­mentos serão efetivados de 24 horas a 48 horas após o pedido, em vez de ser concedidos ins­tantaneamente, como era feito por alguns bancos.

As instituições financeiras também devem oferecer aos clientes a possibilidade de de­finir limites distintos de movi­mentação no Pix durante o dia e à noite, permitindo limites mais baixos no período notur­no. Ainda será permitido o ca­dastramento prévio de contas que poderão receber Pix acima dos limites estabelecidos, man­tendo os limites baixos para as demais transações.

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Cam­pos Neto, diz que há um es­forço para combater contas laranjas – contas bancárias abertas por criminosos em nome de outras pessoas. A medida busca aumentar a se­gurança do sistema de paga­mento instantâneo, o Pix. “A gente está forçando, incenti­vando, a identificação desse tipo de contas e o cancela­mento mais rapidamente”.

Ele explica que no caso de fraude ou até sequestro, os criminosos precisam de uma conta bancária sem os próprios dados pessoais para movimen­tar recursos. Daí a importância em identificar e fechar essas contas. Sem essa possibilidade de receber o dinheiro, Cam­pos acredita que os criminosos devem desistir de praticar esse tipo de ilegalidade pelo Pix.

Na semana passada, o BC estabeleceu medidas adi­cionais de segurança para o sistema instantâneo de paga­mentos, que entrarão em vi­gor em 16 de novembro. Uma delas é o bloqueio do recebi­mento de transferências via Pix a pessoas físicas por até 72 horas, caso haja suspeita de que a conta beneficiada seja usada para fraudes.

A resolução obriga que os mecanismos de segurança adotados pelas instituições se­jam no mínimo iguais aos pro­cedimentos do BC. Casos de excessivas consultas de chaves Pix que não resultem em liqui­dação ou de consultas a chaves inválidas deverão ser identifi­cados e devidamente tratados.

O BC também determinou que as instituições que ofere­cem o Pix serão responsabili­zadas caso fique comprovado que a fraude decorreu de falhas nos mecanismos de segurança e de gerenciamento de riscos. Ainda serão obrigadas a usar as informações vinculadas às chaves Pix como um dos fa­tores para autorizar ou rejeitar transações. Todas as medidas entrarão em vigor em 16 de novembro, exceto os limites de R$ 1 mil para transações noturnas entre pessoas físicas, que já estão valendo.

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