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Com conta de luz mais cara, consumidores procuram formas de economizar

ALFREDO RISK

Com a conta de luz mais cara, os consumidores brasi­leiros têm buscado soluções para diminuir o uso de ener­gia elétrica e economizar no final do mês. O mais recente aumento na tarifa começou a valer no início de setembro, quando foram acrescidos R$ 14,20 a cada 100 quilowatt­s-hora (kWh) consumidos, com a criação da bandeira de escassez hídrica.

A cobrança extra será feita até 30 de abril de 2022 e enca­recerá a conta de energia, em média, em 6,78%, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A bandeira de escassez hídrica substi­tui a bandeira vermelha 2, em vigor desde junho e que sofreu reajuste de 52% em julho. Segundo o governo, a bandeira foi criada em ra­zão da escassez de chuvas nas usinas hidrelétricas.

Diante desse cenário, a op­ção é buscar novos hábitos para diminuir o consumo de ener­gia ao máximo. O site Consu­mo Consciente Já traz diversas dicas para ajudar o brasileiro a reduzir o valor pago na conta dos meses seguintes.

A página é uma iniciati­va da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), junta­mente com o Ministério de Minas e Energia (MME) e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e faz parte de uma campanha de consumo consciente de eletricidade.

Hábitos simples como reti­rar da tomada os aparelhos de som e televisores já ajudam a aliviar a pressão sobre a conta de luz. É que, mesmo em stand by, eles consomem energia.

Também é importante não deixar a TV ou outro apare­lho ligado sem necessidade, o que também vale para carre­gadores de celulares.

Outra dica importante é escolher máquinas com selo Procel ou classificação A do Instituto Nacional de Metro­logia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), que mostra que o aparelho é mais econômico. Essa opção vale para todos os equipamentos que utilizam energia elétrica, como gela­deiras, micro-ondas, ferros de passar, secadores de cabe­lo, televisores, aparelhos de ar condicionado, etc.

Confira mais dicas de como economizar no consumo de energia elétrica

Lâmpadas

Janelas abertas e aproveitar ao máximo a luz natural

Substitua lâmpadas halógenas e fluorescentes por lâmpadas LED. Apesar de inicialmente apresentar um custo na aquisição mais alto, ele será compensado com a economia de energia.
– Apague as lâmpadas que não estiver utilizando, exceto aquelas que contribuem para a sua segurança;
– Mantenha as janelas abertas e aproveite ao máximo a luz natural;
– Outra alternativa para valorizar a luz natural é pintar as paredes do teto com cores claras. Além de refletirem melhor a luz natural, reduzem o consumo de iluminação artificial.

Ar condicionado
Em locais quentes também é preciso usar de maneira inteligente equipamentos como o ar-condicionado. Nesse caso, a primeira dica é escolher corretamente o equipamento de acordo com o tamanho do ambiente;
– Além disso, é importante manter os filtros do aparelho limpos e regular adequadamente a temperatura;
– Também mantenha as janelas e portas fechadas sempre que esti­ver com o aparelho ligado;
– Os aparelhos instalados nas áreas externas devem ter proteção contra o sol. Tenha cuidado para não bloquear a ventilação. Por fim, desligue o aparelho quando o ambiente estiver desocupado

Chuveiro elétrico
No caso do chuveiro elétrico, a principal dica é tomar banhos mais curtos, entre 3 e 5 minutos. Além disso, hábitos como o de fechar a torneira enquanto se ensaboa são bem-vindos;
– Sempre que possível, ajuste a temperatura para a posição “verão”, pois em “inverno” o consumo é 30% maior;
– Também não é aconselhado mudar a temperatura com o chuveiro ligado, pois isso pode aumentar o consumo. Outra possibilidade é, se estiver calor, evite usar o chuveiro elétrico;
– Outro ponto importante é não reaproveitar resistências queimadas. Isso provoca o aumento de consumo e coloca em risco a sua segurança;
– Se possível, dê preferência aos sistemas solares para o aquecimento de água. Eles são mais econômicos e ainda ajudam a preservar o meio ambiente.

Geladeiras
No caso de geladeiras e freezers, é importante verificar se os aparelhos apresentam boa vedação. Verifique regularmente o estado das borrachas de vedação. Isso auxilia no desperdício de energia;
– Abrir e fechar várias vezes a geladeira ou deixar por muito tempo aberta é outro ponto a ser observado;
– Também não seque roupa atrás da geladeira. Além de sobrecarregar o aparelho e aumentar o consumo de energia, você corre o risco de acidentes com choques elétricos;
– Instale sua geladeira em um local ventilado, afastada da parede, dos raios solares, fogões e estufas. Também regule o termostato adequadamente de acordo com a estação do ano.

Máquina de lavar

Com relação ao uso da máquina de lavar roupa, a principal dica é lavar o máximo de roupas possível de uma só vez.
Também é indicado que se utilize a quantidade de sabão adequada para cada tipo de roupa e que se utilize sempre o ciclo mais ade­quado para as lavagens. Manter o filtro da máquina sempre limpo também ajuda na economia, já que o equipamento evitará repetir a operação enxaguar de maneira desnecessária.

Ferro elétrico

Ferro elétrico, um dos vilões

O ferro de passar ao lado do chuveiro elétrico são apontados como os maiores vilões no consumo doméstico de energia. Por isso, é preciso usar os equipamentos de forma a evitar o desperdício.
– Além de escolher o ferro de menor potência, a dica é juntar a maior quantidade de roupas possível para passar todas de uma vez só;
– Utilizar a temperatura indicada de acordo com cada tipo de tecido também ajuda na economia;
– Desligue o ferro sempre que pausar o serviço. Assim você poupa energia e evita o risco de acidentes. Além disso, você pode aproveitar o calor do ferro desligado para passar roupas de tecidos leves;
– Sempre que possível, opte por vestir e comprar roupas de tecidos que não amassam ou avalie a real necessidade de passar certas peças de roupa;

Demanda por projetos e linhas de crédito voltados para energia fotovoltaica está em alta
A crise hídrica e os aumentos constantes na conta de luz estão levando pessoas a investi­rem em outros tipos de energia, como a fotovoltaica, também conhecida como energia solar. De olho nessa demanda institui­ções e cooperativas de crédito estão proporcionando taxas e condições atrativas para quem quer investir e ter a sua “liberda­de energética”.

De acordo com a Absolar (As­sociação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica), o uso das fontes renováveis é eficaz e gera economia para os consumido­res, sendo a geração própria de energia solar em telhados e pequenos terrenos uma impor­tante ferramenta para reduzir a demanda por eletricidade no país.

Dados da associação mos­tram que entre 2019 e 2021, o segmento teve expansão de 64%. A queda no preço dos equipamentos, que ficaram 90% mais baratos nos últimos dez anos também é um atrativo para aqueles que pretendem gerar a própria energia.

Fatores que levaram o chef de cozinha e proprietário de uma quitanda em Ribeirão Preto (SP), Matheus Vieira, a contratar uma linha de crédito para a aquisição e instalação de um projeto com 56 placas fotovoltaicas em sua chácara, o suficiente para su­prir a necessidade da empresa e da residência.

Finalizado há quatro meses, a economia obtida com o projeto é bem visível. Antes, a conta de energia de sua casa girava em torno de R$ 500 e hoje ele paga apenas a taxa de R$ 70. Na quitanda, a conta de R$ 2.500 caiu para R$ 500, e a tendência para os próximos meses é pagar apenas a taxa mínima de energia solar.

Vieira obteve o financiamento pela Sicoob Cooperac. A escolha se deu por conta das taxas praticadas. “A aprovação da linha foi bem rápida, levou uma semana, no máximo. O valor total do projeto foi de R$ 86 mil e a parcela mensal é de R$1.700 pelos próximos três anos”.

Segundo César Augusto Campez Neto, diretor-presidente do Si­coob Cooperac, linhas de crédito como essa possuem a missão de facilitar o acesso dos coope­rados a produtos e serviços que permitam melhorar as suas con­dições financeiras. “A energia fotovoltaica é um caminho que contribui para reduzir despesas e também para preservar os recursos naturais. Temos notado um aumento da procura por esta opção, principalmente agora, com a crise hídrica. Nossas li­nhas têm as melhores condições e são liberadas com agilidade e sem burocracia”, explica.

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