A cidade de Ribeirão Preto não tem mais um time profissional de vôlei. O projeto Vôlei Ribeirão, que recolocou o nome da cidade na modalidade nos últimos quatro anos, está encerrado após quatro temporadas.
A informação foi publicada pelo site globoesporte. com e confirmada pelo Tribuna. Supervisor da equipe, Dado Baptista afirmou que o Cavalo Ace “é mais um ex-time de Ribeirão”.
“Acabou, infelizmente. O Lipe está no Japão. Renovou por lá e está longe do Brasil. Ele cuidava dessa questão de patrocínio, infelizmente tentamos e não conseguimos. É mais um ex-time em Ribeirão Preto”, disse.
Lipe Fonteles, campeão olímpico e presidente do Vôlei Ribeirão, está atuando no voleibol japonês e acabou ficando mais distante da gestão da equipe nos últimos anos. Ele já havia destacado o grave momento financeiro da equipe em outras oportunidades.
“Como não utilizamos nenhum incentivo fiscal, fica mais complicado, ainda mais neste momento onde as empresas estão começando a se reerguer. Enfim, delicada situação”, afirmou Lipe em entrevista ao Tribuna no mês de junho.
A grave crise financeira da equipe pôde ser evidenciada principalmente na temporada passada, quando o time não participou do Campeonato Paulista e confirmou sua inscrição na Superliga no último dia. De acordo com Dado, o Vôlei Ribeirão disputou a competição com uma maioria de atletas emprestados e pagos pelo Cruzeiro.
“Estávamos em contato com patrocinadores, mas infelizmente não conseguimos. Não houve renovação e ficou inviável por conta da pandemia. Já na nossa última temporada foi difícil, pois já tínhamos perdido alguns investimentos, aí o que conseguimos, nós pagávamos as despesas e a maioria do elenco era pago pelo Cruzeiro, que nos emprestou seus atletas de base”, contou.
Após o término da última temporada, o clube já dava indícios de que o projeto estaria no fim. O principal deles foi a saída do técnico Marcos Pacheco, que comandou o Cavalo Ace desde sua fundação.
Em quadra, o Vôlei Ribeirão teve um início promissor, com os títulos da Taça Prata e da Superliga B. Na elite do voleibol nacional, a Superliga, foram três temporadas. Nas duas primeiras, o time ficou na décima colocação, sem alcançar os playoffs, inclusive, em uma delas, contou com o bicampeão olímpico Serginho, líbero. Em 2020-2021, com uma equipe bastante jovem, foi lanterna, com apenas três vitórias em 22 jogos.