Tribuna Ribeirão
Economia

IGP-M acumula alta de 24,86% em doze meses

ALFREDO RISK

O Índice Geral de Pre­ços – Mercado (IGP-M) caiu 0,64% em setembro, após alta de 0,66% em agosto. Com este resultado, o índice acu­mula alta de 16% no ano e de 24,86% em doze meses. Em 2021, soma correção de 16,0%. No nono mês do ano passado, o indexador usado como referência para o rea­juste dos contratos de aluguel subiu 4,34% e acumulou alta de 17,94% em doze meses.

É a primeira deflação mensal do índice desde feve­reiro de 2020 (-0,04%) e a me­nor taxa desde agosto de 2019 (-0,67%). “O minério de ferro continua influenciando o re­sultado do IGP-M. A queda de 21,74% registrada no preço desta commodity foi a princi­pal contribuição para o resul­tado do índice. Sem o minério de ferro, o IGP-M teria regis­trado alta de 2,37% em agos­to e de 1,21% em setembro”, afirma, em nota André Braz, coordenador dos Índices de Preços do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV).

Índice de Preços ao Consumidor
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 1,19% em setembro, ante 0,75% em agosto. Seis das oito classes de despesa com­ponentes do índice registra­ram acréscimo em suas ta­xas de variação. A principal contribuição partiu do grupo habitação (1,05% para 2%). “Nesta classe de despesa, vale citar o comportamento do item tarifa de eletricidade re­sidencial, cuja taxa passou de 3,26% em agosto para 5,75% em setembro”, diz a FGV.

Também apresentaram au­mento em suas taxas de varia­ção os grupos educação, lei­tura e recreação (0,53% para 1,85%), transportes (0,76% para 1,31%), comunicação (-0,11% para 0,21%), despesas diversas (0,19% para 0,28%) e vestuário (0,29% para 0,31%). Nestas classes de despesa, os destaques são passagem aérea (3,17% para 16,22%), gasolina (1,55% para 2,77%), combo de telefonia, internet e TV por as­sinatura (-0,26% para 0,42%), cigarros (-0,12% para 0,48%) e serviços do vestuário (0,12% para 0,78%).

Em contrapartida, os gru­pos alimentação (1,17% para 1,10%), saúde e cuidados pes­soais (0,42% para 0,38%) re­gistraram decréscimo em suas taxas de variação. Nestas clas­ses de despesa, destacam-se os seguintes itens: hortaliças e legumes (5,42% para 1,57%), artigos de higiene e cuidado pessoal (1,06% para 0,67%).

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) caiu 1,21% em setembro, após ele­vação de 0,66% em agosto. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 0,56% em setembro, repetin­do a taxa do mês anterior. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguin­tes variações na passagem de agosto para setembro: mate­riais e equipamentos (1,17% para 0,89%), serviços (0,78% para 0,56%) e mão de obra (0% para 0,27%).

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