Nesta quarta-feira, 29 de setembro, o Ministério do Trabalho divulgou os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). A economia de Ribeirão Preto fechou agosto com saldo de 1.944 novas vagas de emprego com carteira assinada, o 14º superávit seguido desde julho do ano passado.
O resultado de agosto, fruto de 10.610 admissões e 8.666 demissões, é duas vezes superior ao superávit de 868 postos do mesmo mês do ano passado, o quinto da fase mais severa da pandemia de coronavírus na cidade, quando a economia ribeirão-pretana contratou 6.926 pessoas e dispensou 6.058. São 1.076 postos de trabalho a mais em 2021, alta de 124%.
Na comparação com o saldo de 1.900 novos empregos com carteira assinada de julho deste ano (fruto de 9.698 contratações e 7.798 rescisões, dados atualizados ontem), a tendência é estabilidade, com alta de apenas 2,3% em agosto, com a abertura de 44 vagas. O resultado de 1.944 novos postos também é mais significativo para agosto em cerca de onze anos.
Em 2010, o superávit chegou a 2.287 novas vagas (9.534 contratações e 7.247 rescisões). O melhor saldo da série histórica, que começou em 2003, são as 2.327 novas vagas de 2009 (8.903 admissões e 6.576 demissões). O pior resultado ocorreu em agosto de 2015, quando a economia ribeirão-pretana encerrou o mês com fechamento de 29 postos de trabalho com carteira assinada, com 7.692 admissões e 7.721 demissões.
Em oito meses deste ano, a cidade contabiliza superávit de 8.813 empregos formais (62.504 contratações e 53.691 demissões), contra déficit de 7.362 do mesmo período de 2020 (foram 53.825 admissões e 61.187 demissões). O aumento em 2021 passa de 219,7%, com a abertura de 16.175 vagas a mais. É o melhor resultado em dez anos.
Em 2011, o saldo foi de 10.094 novos postos de trabalho (79.812 contratações e 69.718 rescisões). Desde 2003, o melhor resultado para o período de oito meses ocorreu em 2010, com superávit de 10.506 empregos formais (69.185 admissões e 58.679 demissões). O pior desempenho é o do ano passado, com déficit de 7.362 vagas encerradas. O segundo pertence a 2015, com rombo de 2.489 postos de trabalho (70.564 contratações e 73.053 rescisões).
Ribeirão Preto também conseguiu reverter o saldo negativo da pandemia. Entre abril de 2020 e agosto de 2021, período das restrições impostas pela quarentena, a cidade contratou 135.429 pessoas e demitiu 125.089, superávit de 10.340. Em doze meses, o superávit do emprego formal em Ribeirão Preto é de 17.731 novas carteiras assinadas (109.045 admissões e 91.314 demissões).
É o melhor resultado da série histórica, que coloca Ribeirão Preto na 18ª posição do cenário nacional no ranking de geração de empregos. Antes, era de 2010, com saldo de 14.176 empregos (99.618 contratações e 85.442 rescisões). O pior déficit é de 2016, de 5.352 carteiras assinadas a menos (88.838 novos contratos e 94.190 demissões).
Os dados do Caged são atualizados todo mês, por isso há divergências em relação às informações mensais divulgadas anteriormente. O Ministério do Trabalho alterou o sistema de divulgação de dados e faz ajustes mensais. Os números mudam todo mês. Em 2021, Ribeirão Preto registrou superávit em janeiro (1.249), fevereiro (1.620), março (375), abril (672), maio (1.689), junho (1.308), julho (1.900) e agosto (1.944)
No ano passado, Ribeirão Preto registrou superávit em janeiro (465), fevereiro (1.287), julho (381), agosto (868), setembro (1.517), outubro (2.120), novembro (2.934, o melhor resultado da pandemia e dos últimos anos) e dezembro (403). Os déficits ocorreram em março (-1.723 vagas), abril (-5.515, o maior rombo da história para o mês), maio (-2.733) e junho (-392).
Ribeirão Preto fechou o ano de 2020 com déficit de 388 vagas de emprego formal, resultado de 89.756 admissões e 90.144 demissões. Em comparação com 2019, quando a economia local registrou superávit de 3.260 carteiras assinadas (99.483 contratações e 96.223 rescisões), a queda chega a 111,9% e menos 3.648 postos. O superávit de 2019 foi o quarto resultado mais expressivo do estado. Ficou atrás da capital (80.831), Barueri (7.546) e Suzano (4.917).
Saldo de emprego por setores em RP
Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho, em Ribeirão Preto, quatro das cinco principais atividades econômicas da cidade fecharam agosto com superávit de vagas de emprego formal – comércio, serviços, indústria e construção civil. Apenas a agropecuária registrou déficit.
O comércio fechou agosto com saldo positivo de 611 postos de trabalho, fruto de 2.841 admissões e 2.230 demissões. Em oito meses, contratou 18.539 e demitiu 16.710, superávit de 1.829. Nos últimos doze meses, o superávit é de 4.439 vagas, fruto de 29.209 admissões e 24.770 demissões.
O setor de serviços registrou 5.983 contratações e 5.098 rescisões, superávit de 885 empregos formais. Em oito meses, contratou 41.399 e demitiu 35.577, saldo positivo de 5.822. Em doze meses, foram 60.609 contratações e 51.518 rescisões, superávit de 9.091 empregos formais.
A indústria admitiu 969 trabalhadores e demitiu 708, com saldo positivo de 261 empregos formais. Neste ano, contratou 6.362 e demitiu 4.970, superávit de 1.392. Em doze meses, o saldo positivo chega a 2.366, resultado de 9.658 contratações e 7.292 rescisões.
A construção civil fechou o mês passado com superávit de 188 carteiras assinadas, fruto de 790 admissões e 602 demissões. De janeiro a agosto, contratou 6.599 e demitiu 4.900, saldo positivo de 1.699. Em doze meses, o saldo positivo chega a 1.812, resultado de 9.208 contratações e 7.396 rescisões.
A agropecuária admitiu 27 funcionários e dispensou 28, déficit de apenas uma vaga no mês passado. Em oito meses, contratou 215 e demitiu 200, superávit de 15. Em doze meses, contratou 361 pessoas e dispensou 338, saldo de 23 novos contratos.