Apresentado oficialmente nesta terça-feira como novo técnico da seleção brasileira masculina de basquete, Gustavo de Conti prometeu “resgatar o sentimento” de seleção. Gustavinho, como é conhecido, tem como meta de curto prazo classificar a equipe para o Mundial – a fase eliminatória começa no fim de novembro -, e para isso ele espera contar com a ajuda de atletas que atuam em equipes de fora do País. Mas foi incisivo: não existe jogador insubstituível.
Neste ano, quatro jogadores que haviam sido convocados para a disputa do Pré-Olímpico de basquete pediram dispensa da seleção. O Brasil até que se saiu bem na disputa, mas perdeu a decisão para a Alemanha e acabou ficando de fora dos Jogos de Tóquio.
Nesta terça, Gustavinho ressaltou a importância de o Brasil contar com os atletas que atuam em grandes centros no exterior. “A gente não pode negar que os jogadores que jogam fora do País, e vamos falar mais de Espanha, Itália e Estados Unidos, sem dúvida jogam num nível acima de um nível que a gente joga aqui, internamente. Isso deve ser considerado também quando a gente estiver observando jogadores para a seleção brasileira, mas precisam estar jogando bem, estar performando. Isso não é nenhuma vantagem pra eles, mas sem dúvida a gente precisa considerar. E quanto mais a gente tiver jogadores atuando fora do País, em grandes centros, com minutagem e em grandes equipes, melhor”, declarou.
Depois, sem citar nenhum nome ou fazer qualquer referência direta, o técnico comentou sobre os pedidos de dispensa. “Acho que cada um tem o seu motivo, mas precisa ter sentimento envolvido também. Aqui nós estamos falando de seleção brasileira. Precisa ter muito sentimento envolvido e, dentro desse sentimento envolvido, as coisas precisam ser muito claras. A comunicação precisa ser muito clara daqui pra lá e de lá pra cá. É claro que tem prioridades, e cada um tem (a sua)”, disse Gustavinho.
“Dentro da própria equipe, do Flamengo, por exemplo. Tem nosso objetivo como time, mas cada um ali tem seus objetivos individuais também. Só que eles não podem ser nunca maiores que os objetivos do time. E se de repente naquele momento os objetivos individuais de determinado jogador forem maiores que os objetivos do time, aí sim ele tem que ficar de fora”, comentou o técnico. “A seleção é para quem quer estar na seleção”.