O sorteio dos grupos da Copa do Mundo por equipes de tênis em cadeira de rodas, ocorreu neste domingo (26). A competição será realizada até dia 3 de outubro em Alghero, cidade da província da Sardenha (Itália). O Brasil será representado nas classes quad (atletas com deficiências em três ou mais extremidades do corpo) e open (tenistas com deficiência em membros inferiores) masculino e feminino, além da categoria júnior.
Em cada categoria, os países foram divididos em grupos e duelam entre si nas chaves. Cada confrontos é disputado em melhor de três jogos, sendo dois de simples e um de duplas. As partidas serão transmitidas ao vivo pelo canal da Federação Internacional de Tênis (ITF, sigla em inglês) no YouTube.
Na quad, que reúne oito seleções, o Brasil caiu no Grupo 2, ao lado de Japão, Canadá e França. A estreia será às 14h30 (horário de Brasília) desta segunda, contra os japoneses, atuais campeões. Os dois primeiros da chave avançam às semifinais. Oitavo da categoria na ITF, Ymanitu Silva é o brasileiro mais bem colocado no ranking mundial, considerando as classes adultas. Além dele, Augusto Fernandes (31º) e Leandro Pena (sem colocação) representam o país. A principal favorita é a Holanda, que tem dois medalhistas paralímpicos no elenco: Sam Schröder e Niels Vink, respectivamente prata e bronze nos Jogos de Tóquio (Japão).
Número oito da classe na Federação Internacional de Tênis (ITF, sigla em inglês), Ymanitu Silva é o brasileiro mais bem colocado no ranking, considerando as categorias adultas. Além dele, Augusto Fernandes (31º) e Leandro Pena (sem colocação) representam o país. A principal favorita é a Holanda, que tem dois medalhistas paralímpicos no elenco: Sam Schröder e Niels Vink, respectivamente prata e bronze nos Jogos de Tóquio (Japão).
“[Após a Olimpíada] Dei uma descansada de três dias e voltei aos treinos focado no Mundial. É uma oportunidade única de representar o país e também de jogar contra os melhores do mundo, podendo ver o nível em que me encontro perante eles”, disse Ymanitu à Agência Brasil.
“Claro que a intenção é buscar vaga na semifinal, depois na final, mas somos realistas. O principal objetivo é obtermos a classificação direta para o Mundial do ano que vem. Para isso, temos de ficar entre os seis melhores. Temos uma das equipes mais novas [em tempo de carreira na modalidade], mas com qualidade para defender o país”, completou o tenista, que ajudou o Brasil a se garantir na competição em solo italiano no classificatório disputado em Portugal, há quatro meses.
Na classe open masculino, são 15 equipes separadas em quatro chaves, classificando-se as dois melhores de cada às quartas de final. O Brasil está no Grupo 4, com Bélgica, França e Sri Lanka. O duelo contra os belgas abre a participação verde e amarela nesta segunda, também às 14h30. O brasileiro mais bem colocado nesta categoria é Daniel Rodrigues, 25º do mundo. A seleção ainda é formada por Gustavo Carneiro (41º), Bruno Makey (168º) e Felipe Santana (254º). Deste quarteto, Daniel e Gustavo estiveram na Paralimpíada de Tóquio.
Holanda, Espanha e Argentina (que tem Gustavo Fernandez, número quatro do mundo e tenista mais bem posicionado entre os inscritos) são os países favoritos ao título. Atual campeã, a Grã-Bretanha não terá Alfie Hewett, segundo colocado na ITTF, mas contará com Gordon Reid (5º), bronze em Tóquio. O Japão, por sua vez, compete desfalcado de Shingo Kunieda, ouro na Paralimpíada, líder do ranking mundial e multicampeão da modalidade.
Entre as mulheres, a classe open envolve 12 países, também divididos em quatro grupos. As brasileiras aparecem no Grupo 1, junto de Japão e África do Sul. Na primeira rodada, as adversárias serão as sul-africanas. O duelo não começa antes das 18h desta segunda-feira. Representantes do Brasil em Tóquio, Meirycoll Duval (23ª do mundo) e Ana Caldeira (50ª) integram a seleção na Sardenha, ao lado de Lucimaria Oliveira (53ª) e Maria Fernanda Garcia (65ª). Como a categoria quad, a open feminina se classificou ao Mundial no classificatório de maio, em Portugal.
A categoria também tem a Holanda como favorita. Atual campeã, a nação europeia tem as três convocadas integrando o top-10 do ranking mundial. Entre elas, Diede de Groot, número um do mundo e atual campeã paralímpica. O Japão desponta como o principal adversário das europeias, liderado por Yui Kamiji, segunda colocada da ITTF e prata em Tóquio, superada justamente por De Groot na final.
A competição de juniores (onde as equipes são mistas) é que o Brasil tem mais chances de brigar pelo pódio na Sardenha. São dois atletas entre os dez melhores do mundo: Jade Lanai (segunda no feminino) e João Lucas Takaki (sexto no masculino). Também integram o time Cesar Adolfo (21º) e Arthur Dantas (sem ranking). A equipe verde e amarela está no Grupo 2, ao lado de Japão, Argentina e Turquia. Os jogos da categoria ainda não foram agendados.
Além dos brasileiros, outros três países reúnem dois top-10 nas delegações do Mundial. O Japão, um dos rivais da primeira fase, tem o líder e o décimo colocados do masculino (Tokito Oda e Shogo Takano, respectivamente). A Holanda conta com a tenista mais bem colocada entre as mulheres (Lizzy De Greef) e o sétimo entre os homens (Maarten Ter Hofte). A Grã-Bretanha, vice na última edição, reúne o quinto do ranking dos meninos (Dahnon Ward) e a sexta das meninas (Ruby Bishop). Campeã em 2019, a Austrália não participa desta vez.