Os planos da Fifa para realizar uma Copa do Mundo bienal teriam um “impacto direto e destruidor no futebol de clubes”, disse a principal organização de times da Europa.
A Associação Europeia de Clubes (ECA) disse que a abordagem da Fifa para as reformas do calendário internacional de partidas é uma “violação direta e unilateral de certas obrigações legais”, fazendo coro à rejeição às propostas da Uefa (entidade que governa o futebol europeu).
A ECA, que representa 234 times europeus, não disse a quais obrigações se referia, mas a organização fez uma série de acordos com a Uefa e a Fifa no que diz respeito ao calendário.
“Os clubes de futebol sempre foram uma voz fundamental e respeitada para moldar o futuro do IMC [calendário internacional de partidas]. Eles são o fundamento do futebol, sendo os impulsionadores das competições, o polo principal e o lar do desenvolvimento e investimento em jogadores e o cerne dos torcedores e suas comunidades locais”, declarou a ECA.
“É por isso que o Memorando de Entendimento (MoU), que governa o relacionamento entre ECA e Fifa, coloca o IMC em seu centro. Este MoU entre os clubes e a Fifa foi acertado após negociações detalhadas e uma proposta conjunta sobre o IMC, além dos processos que governam o IMC”, acrescentou a entidade.
A Fifa realiza um estudo de viabilidade sobre a realização da Copa do Mundo a cada dois anos, uma mudança do ciclo atual de quatro anos, e não esconde seu desejo de adotar tal formato.
Arsène Wenger, ex-técnico do Arsenal e atual chefe de Desenvolvimento Global de Futebol da Fifa, disse neste mês que está “100% convencido” dos benefícios da mudança.
A ECA disse que está disposta a debater um calendário “modernizado”, mas se queixa de uma falta de consulta da Fifa.