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As essenciais aulas presenciais

Finalmente, na última segunda-feira, dia 20, conseguimos retomar as aulas presenciais na rede municipal de ensino. Foram 18 meses de afastamento, onde os alunos ficaram longe das salas de aula e participaram apenas de atividades on­line, à distância. Foram muitos percalços, muitas experiências novas. A presença em sala de aula é uma condição fundamental, principalmente nos primeiros anos de escola, onde o professor exerce papel preponderante no ensino.

Ainda não há a normalidade desejada por todos. O número de alunos é reduzido à metade, com revezamento, há a possibilidade de continuar a estudar de forma remota, por opção de pais e alunos e, ainda, todo um ritual de proto­colos, como uso de máscaras por alunos, professores e funcionários das escolas, higienização das mãos com álcool, distanciamento entre as carteiras escolares ocupadas pelos alunos, além de uma vigilância constante para a manutenção de todos os hábitos necessários à não-disseminação do vírus da covid-19.

Mas o retorno é um avanço que queríamos ter conquistado antes, quando os indicadores da doença começaram a melhorar. Fomos, no entanto, impe­didos por uma decisão judicial que obedecemos. Agora, com todos os profes­sores e funcionários imunizados, firmamos um acordo com as lideranças dos servidores para a retomada das aulas presenciais, tão importantes para alunos e professores. Porque é possível aprender mais e ensinar melhor, com a utilização de todas as ferramentas disponíveis quando há o contato mais próximo.

Quando suspendemos as aulas, por meio de decreto publicado no dia 16 de março do ano passado, não esperávamos que o afastamento dos alunos fosse tão longo. O mundo ainda tomava conhecimento da doença quando decidimos, no domingo, dia 15 de março, anunciar várias medidas em uma entrevista coletiva, sendo a principal delas a suspensão das aulas presenciais, com o objetivo de acompanhar a orientação da ciência e das autoridades de saúde, em um momento que tudo deveria ser feito pela preservação da vida e da saúde das pessoas.

Sabemos que houve prejuízos ao ensino. Que as crianças que permane­ceram todo este tempo longe das salas de aula terão dificuldades ampliadas na complementação de seus estudos, com possíveis reflexos na profissio­nalização. Este não é, no entanto, um caso isolado de Ribeirão Preto, de São Paulo ou do Brasil. É um transtorno mundial que assolou a todos, com maior ou menor intensidade, de acordo com as respostas encontradas em cada localidade, no enfrentamento da pandemia.

Temos convicção de ter escolhido o melhor caminho para preservar a saúde e a vida das pessoas. Assim como trabalhamos insistentemente pela imunização de todos.

Nossa missão agora é reduzir as perdas a que estes alunos estão sujeitos. Queremos recuperar essa cruel defasagem que a pandemia nos impôs.

Felizmente temos um excelente sistema educacional, com profissionais competentes e dedicados, com professores e servidores em quantidade e qualidade suficientes para levar a todos conhecimentos necessários de forma rápida e equilibrada. E para garantir ensino de maior qualidade, a rede municipal vai aumentar em 20% as aulas. Passará de 25 para 30 aulas por semana em todo ensino fundamental.

Também teremos, com início no ano letivo de 2022, ensino de inglês já a partir dos primeiros anos do fundamental. Também vamos climatizar todas as salas de aula das nossas 110 unidades, para garantir mais conforto aos estudantes e professores. E ainda no ensino fundamental, todas as salas de aula terão recursos multimídia para professores poderem oferecer aulas mais atrativas e dinâmicas.

Justamente pela qualidade oferecida, temos certeza na recuperação e na máxima redução de danos que este hiato forçado na vida de todos possa ter causado.

E, corroborando ao tema da UNICEF, “Fora da escola não pode, na escola sem aprender também não pode”, é hora de reunirmos todos os esforços na busca ativa de nossos alunos. A parceria com a Assistência Social e Saúde é imprescindível no acolhimento dos mais vulneráveis. E assim seguimos trabalhando para que nenhum aluno fique para trás.

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