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Uma Semana decisiva contra a PEC 32

Vendida como a solução para o equilíbrio das contas públicas, a Proposta de Emenda Constitucional número 32 (PEC 32), do Governo Federal, tem como pressuposto que o Estado “custa muito e entrega pouco” – o que além de ser uma injustiça, é também um erro.

O Governo Federal quer nos fazer acreditar que o Brasil tem excesso de servidores. Mas a realidade mostra uma si­tuação bem distante desta narrativa. Segundo levantamen­to feito pela Federação Brasileira de Associações de Fiscais de Tributos Estaduais (Febrafite), no Brasil, a porcentagem de servidores públicos em relação à população empregada é de 12,5%, enquanto nos países desenvolvidos é em média de 17,88%. Ficamos abaixo inclusive de países liberais como os Estados Unidos.

O objetivo do Governo Federal através da PEC 32 não é outro senão avançar na privatização dos serviços públi­cos e destruir direitos conquistados pelos trabalhadores e trabalhadoras, a começar pela estabilidade. A PEC 32 é uma tentativa de fazer triunfar, à força, um plano para o Brasil que não atende de fato à população, mas sim, a uma pequena – muito pequena – parcela de privilegiados.

Além de dificultar a vacinação contra a Covid-19, além da carestia e da alta dos combustíveis, o Governo Federal, que deveria estar trabalhando para garantir os direitos mínimos do povo brasileiro, está na verdade comprometi­do em desmontar nosso país e deixar a população carente ainda mais carente.

Mesmo com o teto de gastos – que limitou, precarizou e sucateou o serviço público, impedindo investimentos e manutenção, com a pandemia e com os recursos escassos, os servidores continuaram a fazer seu trabalho. Com todas as adversidades, a falta de equipamentos e salários con­gelados há anos, são os servidores e empregados públicos que trabalharam para atender à população.

Diminuir a quantidade de servidores, acabar com a estabilidade e retirar direitos não vão reduzir gastos! Vai, sim, atacar ainda mais o serviço público e afetar a quali­dade do que é prestado à população. O que teremos é mais precariedade das relações de trabalho, apadrinhamentos políticos com indicação de cargos, corrupção nas contrata­ções e o prejuízo à continuidade de políticas públicas.

Derrotar a PEC 32 é também um passo para acabar com esse tipo de pensamento que infelicita a nação. E, se a luta permanece árdua e difícil, podemos dizer hoje que, sim, se aumentar a mobilização é possível derrotar a PEC 32!

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