A Defesa Civil do Estado de São Paulo emitiu alerta laranja para a região de Ribeirão Pretor por causa do calor intenso previsto para este início de semana. A previsão é que os termômetros marquem entre 38 graus centígrados e 41ºC até esta terça-feira, 21 de setembro, com a umidade relativa do ar em níveis críticos. A sensação térmica deve ser ainda maior.
Segundo o Climatempo, nesta segunda-feira (20), a temperatura em Ribeirão Preto oscilou entre 24 graus centígrados e 38ºC. A umidade relativa do ar ficou entre 11% e 40%. Para esta terça-feira, o instituto de meteorologia prevê mínima de 21º e máxima de 39º, com a umidade em níveis muito baixos, variando de 10% a 31%. Não há previsão de chuva para os próximos dias.
A Defesa Civil também emitiu alerta para outras regiões do noroeste paulista. De acordo com a previsão, durante os últimos dias de inverno, e com falta de chuvas, os termômetros ficam entre 33ºC e 36ºC para a região de Franca e entre 38ºC e 41ºC para a de Barretos.
A dois dias do fim do inverno e do início oficial da primavera – que, no hemisfério sul, começa nesta quarta-feira (22) –, parte da população brasileira se vê às voltas com temperaturas elevadas e clima extremamente seco. Em um comunicado divulgado nesta segunda-feira (20), o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) chama a atenção para o grande perigo de ocorrência de incêndios florestais por causa da baixa umidade relativa do ar.
Na lista estão 461 cidades do Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo e Tocantins. Ribeirão Preto é citada no relatório, assim como Araçatuba e São José do Rio Preto, além do Triângulo Mineiro e a região noroeste de Minas Gerais.
Segundo o Inmet, ao menos até o fim desta terça-feira, nestas regiões, a umidade relativa do ar abaixo de 12% potencializa a chance de incêndios e pode fazer mal à saúde das pessoas, que devem procurar se hidratar e evitar fazer atividades físicas ao ar livre nos horários mais quentes do dia.
A região Ribeirão Preto vem sofrendo com os incêndios florestais. De acordo com a Companhia de Tecnologia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), Ribeirão vem registrando o pior índice de qualidade do ar entre as cidades monitoradas. Já esteve “ruim”, “muito ruim” e “péssima” neste inverno, agravando a situação de quem tem problemas respiratórios.
No dia 6 de setembro, Ribeirão Preto registrou o menor nível de qualidade do ar em 70 anos, segundo a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb). Essa foi também a pior qualidade do ar verificada em todo o Estado.
Trechos de rodovias foram interditados nos últimos dias por causa do fogo.
Segundo o 9º Grupamento do Corpo de Bombeiros, a quantidade de incêndios em Ribeirão Preto aumentou 20% neste ano em comparação com o mesmo período de 2020. Para denunciar ações criminosas, as pessoas podem ligar para a própria corporação (193), para a Polícia Militar (190) ou para a prefeitura (156).
A temperatura também bateu o recorde do ano em pleno inverno, chegando a 38 graus. Nos últimos dias esteve sempre acima de 33ºC, com umidade em patamar preocupante. A umidade relativa do ar ideal é de 60%, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Abaixo de 30% o município entra em estado de atenção e quando o índice é inferior a 20% a situação é de alerta.
O número de queimadas no Estado, este ano, já é o maior em dez anos. De janeiro até 14 de setembro, foram 4.769 focos, 12% a mais do que no mesmo período de 2020, até então o ano com mais incêndios (4.264). Nas duas primeiras semanas deste mês, os satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), órgão do Ministério da Ciência, registraram 1.156 queimadas no Estado, 171% a mais que no mesmo período do mês passado, quando foram 427 focos. Em julho, já com o período seco avançado, haviam sido 288 focos.