Mudanças de hábito
Há tempos distantes, quando o município detinha o serviço de telefonia, houve um superintendente, que ao assumir, foi acionado por alguns departamentos daquele órgão municipal, que demonstravam preocupação com um funcionário. Com aquele servidor antigo eles não queriam trabalhar por duvidarem de algumas atitudes. À época não havia telefonia celular e o telefone fixo era de difícil acesso, uma vez que as ligações dependiam da rede física com cabos caros e derivantes complicadas.
As chamadas “caixinhas” onde os aparelhos eram ligados com as centrais possuíam 11 pares e terminado o preenchimento não havia como ligar setores importantes, com médicos, autoridades do Judiciário e outros.
Os colegas sabiam que aquele profissional sempre “dava um jeito”. Ele sumia nos postes, desligava o chamado par e deixava na espera. Quando aparecia alguém que necessitasse de uma ligação, no “por fora”, ele fazia o serviço.
Ninguém queria tê-lo como parceiro.
O novo chefe
O novo chefe chamou este funcionário rejeitado, e com um passivo de ações que os colegas conheciam, perguntou a ele por quais razoes ele agia daquela forma. Ele elencou suas dificuldades para comprar uniformes para os filhos, mostrou sua botina com buracos imensos, etc.
O superintendente solicitou a sua secretaria que comprasse os uniformes, com dinheiro seu , materiais escolares que estavam na lista de dificuldades também foram adquiridos. O funcionário demonstrou estar feliz ao não ser despedido e pela ação do chefe.
A maior surpresa foi de a superintendência colocá-lo em uma cadeira ao lado do escritório principal.
Ninguém entendeu
Os colegas não entenderam a medida e ficaram atentos para saber como se comportaria o antigo e conhecido “quebra galho”. O cidadão se colocou em brios e passou a colocar os técnicos a par dos locais onde ele havia feito a desativação dos “pares” para ligação dos telefones e as emergências técnicas justificadas passaram a ser atendidas por ele próprio que, pelo menos durante o período em que aquele nomeado esteve a frente do setor de telefonia foi excelente e correto funcionário.