O governo de São Paulo anunciou na semana passada a implementação da merenda escolar extra para mais de 700 mil estudantes em situação de vulnerabilidade social da rede estadual. A medida vai entrar em vigor a partir de 27 de setembro, após as famílias de baixa renda inseridas no Cadastro Único (CadÚnico) do governo federal inscreverem seus filhos no sistema da Secretaria Estadual da Educação.
Na região de Ribeirão Preto, mais de dez mil alunos do município-sede e de Sertãozinho se encaixam nas condições. “Esta é mais uma medida do governo do Estado para proteger os alunos vulneráveis da rede pública estadual de ensino. Há duas semanas, anunciamos o Programa de Combate à Evasão Escolar, destinando R$ 1 mil para que 300 mil estudantes carentes para que continuem frequentando as aulas”, diz o governador João Doria (PSDB).
No total serão R$ 424 milhões investidos na ação. A medida faz parte da política de alimentação suplementar implantada pela Secretaria da Educação no período de pandemia e pós-pandêmico. A partir desta quinta-feira (9), os estudantes interessados podem realizar a manifestação de interesse na Secretaria Escolar Digital – SED (https://sed.educacao.sp.gov.br/saiba-como-acessar).
As refeições começam a ser servidas a partir do dia 27 de setembro. A distribuição da refeição extra será feita para estudantes do período diurno nas escolas regulares terão direito a duas refeições diariamente: uma na escola e a outra que poderá ser levada para casa.
Para estudantes do período noturno nas escolas regulares além da merenda servida na escola, será fornecido kit alimentação. Para estudantes em escolas de ensino integral em adição à refeição diária, os dois lanches já servidos ganharão reforço.
Desde o início da pandemia, a Secretaria da Educação adotou medidas para apoiar as famílias dos estudantes da Rede Estadual, principalmente durante o período de suspensão das aulas presenciais. No programa Merenda em Casa foram R$ 395,6 milhões pagos em dez parcelas – R$ 55/mês pagos por estudante – para 770 mil alunos beneficiados, cerca de 22% da rede.
Melhoria do cardápio
A Secretaria da Educação calcula o investimento de mais de R$ 106,6 milhões aplicados na melhoria do cardápio. Alimentos como carne pronta para o consumo, mistura em pó de preparo de bebida láctea, torta salgada e bolos deixaram os cardápios a partir de 2020. Sendo que, as compras de agricultura familiar foram reformuladas e priorizadas.
Com isso, houve o aumento da incidência mensal nas refeições do feijão, da proteína animal in natura, das frutas e dos artigos de hortifruti. Já os alunos que sofrem com alguma restrição ou patologia relacionada à alimentação, como a doença celíaca, também são contemplados com um cardápio especial e orientação nutricional.