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Câmara quer facilitar abertura de empresa

Foto: Alfredo Risk/Arquivo

A Câmara de Vereado­res vai publicar, na edição do Diário Oficial do Município (DOM) desta sexta-feira, 17 de setembro, edital de licitação para a instalação de energia fo­tovoltaica nos dois prédios do Legislativo de Ribeirão Preto, o Palácio Antônio Macha­do Sant’Anna (principal) e o Edifício Jornalista José Wil­son Toni (anexo).

A modalidade da licitação será a de carta convite e a pre­visão para conclusão do cer­tame é de 90 dias. O projeto executivo deverá conter todos os detalhes necessários para a substituição da fonte de ener­gia nos dois prédios do Legis­lativo. A previsão de investi­mento é de aproximadamente R$ 1,5 milhão para implanta­ção do sistema.

O funcionamento do sis­tema de energia solar fotovol­taica baseia-se na utilização de painéis solares que captam a luz e, por meio do efeito fo­tovoltaico, geram energia. No prédio anexo, por ser novo, as placas fotovoltaicas serão ins­taladas sobre a cobertura.

Já no Palácio Antônio Ma­chado Sant’Anna, por ser an­tigo, será realizado um estudo para verificar se tem capaci­dade para suportar o peso das placas. Caso seja constatado que não, os equipamentos se­rão instalados sobre os dois estacionamentos da Câmara – principal e lateral – e servirão como uma espécie de cobertu­ra para os veículos.

Atualmente, a Câmara de Ribeirão Preto gasta com ener­gia elétrica cerca de R$ 1,2 mi­lhão por ano. O investimento será quitado em cerca de ’15 meses. “Estudos mostram que, em 20 anos, contados a partir da implantação do sistema, o Legislativo economizará cer­ca de R$ 30 milhões”, afirma o presidente do Legislativo, Alessandro Maraca (MDB).

Um levantamento da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aponta um au­mento de 108,8% no número de instalações de energia foto­voltaica no primeiro semestre em Ribeirão Preto. De acordo com a reguladora do setor, foram 965 novos pontos de geração de janeiro a junho, diante de 462 no mesmo pe­ríodo do ano passado.

Segundo empresários do setor, o aumento está relacio­nado a uma maior demanda por energia elétrica na pan­demia, quando as famílias ficaram mais tempo em casa, além de ser um reflexo da ele­vação nas tarifas das conces­sionárias e da crise hídrica, incentivando mais pessoas a buscar fontes alternativas.

Levantamento da Asso­ciação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), revela que o Brasil ultrapas­sou a marca de meio milhão de conexões de geração pró­pria de energia a partir da fonte solar. Desde 2012, a modalidade instalou cerca de 5,8 gigawatts (GW) de potên­cia operacional.

É responsável por mais de R$ 29 bilhões em novos in­vestimentos no país e agrega mais de 174 mil empregos acumulados no período, es­palhados pelas cinco regiões nacionais. A Absolar foi fun­dada em 2013 e congrega em­presas e profissionais de toda a cadeia produtiva do setor solar fotovoltaico com atua­ção no Brasil, tanto nas áreas de geração distribuída quan­to de geração centralizada.

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