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Respondendo aos leitores – parte 02

Com o aparecimento das redes sociais podemos dizer que houve uma disseminação de informações sem precedentes no mundo. E isso fora, de dúvida, veio impactar grandemente a vida das pessoas. Se por um lado, as redes sociais podem contribuir para a difusão cultural, bem como para divulgação de informações científicas e educacionais que podem trazer um enriquecimento para a vida das pessoas, é também verdade, que pode divulgar informações falsas ou não condizentes com a realidade na vida das pessoas e em decorrência disso, essas divulgações podem trazer prejuí­zos os ma is diversos na vida das pessoas.

Além disso, o volume de informações circulantes nas redes sociais é tão gigantesco que muitas vezes traz confusão na cabeça das pessoas o que dificulta sobremaneira a tomada de decisão por cada pessoa diante de uma situação específica.

No mundo atual assolado pela pandemia causada pelo novo coronaví­rus e suas variantes a cada dia circulam muitas informações relacionadas com o tema, alguns até controversos, e isso contribui para aumentar a dificuldade de interpretação das informações gerando possibilidades de uma compreensão equivocada das informações circulantes.

E por se tratar de uma questão científica que pode envolver também fatores relacionados com sinais e sintomas de doenças, como medicamentos empregados para o tratamento da covid-19 que, como sabemos, é a doença causada pelo novo corona vírus, a interpretação equivocada dessas informações circulantes nas redes sociais pode trazer graves consequências se se tratar do uso de remédios ou gerar confusão na cabeça das pessoas.

Nunca na história da medicina e nas diversas pandemias que já assola­ram o planeta, a ciência produziu um volume tão gigantesco de trabalhos científicos, estudos e experimentos como ocorreu e está ocorrendo na atu­al pandemia. E isso contribui também para mostrar o tanto que a ciência é importante e contribui para o bem-estar da humanidade. Por outro lado, interpretações equivocadas de informações médicas podem trazer prejuí­zos para as pessoas principalmente quando a pessoa faz automedicação.

A atual pandemia por se tratar de uma doença nova dela resultan­te traz em si enormes dificuldades no manejo e condução do paciente acometido pela doença covid-19. Já sabemos muita coisa sobre essa terrível doença, entretanto ainda existem muitas e muitas perguntas para as quais ainda não temos respostas. E muitas questões relacionadas com a covid ainda não conseguimos padronizar, daí as dificuldades no manejo dos pacientes portadores dessa enfermidade. E cada dia nos defrontamos com mais dificuldades para tratar adequadamente esses pacientes.

E vamos continuar respondendo às perguntas dos nossos leitores.

Ouvi dizer que essa vacina em dose única é melhor do que todas as outras. Procede isso?

Não. Os conhecimentos científicos de que dispomos, pelo menos até agora, não permitem dizer isso. Das mais de 16 vacinas que estão sendo empregadas no mundo até agora, todas têm se mostrado eficazes e, por­tanto, capazes de imunizar a pessoa contra a ação do novo coronavírus. Em particular, no Brasil todas as vacinas aprovadas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) são boas. Elas realmente cumprem a sua finalidade, que é evitar que a pessoa seja contaminada pelo vírus e, se for contaminada, evitar que a doença se manifeste em sua forma grave.

No começo falavam que se a pessoa tomasse as duas doses da vacina já era suficiente para a imunização completa. Agora já falam que precisa tomar uma terceira dose para os idosos. Por que isso?

Porque ultimamente foram conduzidos numerosos estudos e reali­zados experimentos que mostraram que apenas uma dose (quando for o caso) e duas doses das outras vacinas não proporcionam uma imuni­zação prolongada com é necessário, sendo, portanto, após algum tempo da tomada da segunda dose ou da vacina que se pensava ser dose única, necessária uma dose de reforço.

Em muitos países que começaram a aplicar a vacina mais cedo que no Brasil, já estão aplicando a sua dose de reforço. Isto é devido ao fato de esse novo coronavírus ser um vírus portador de uma capacidade de mutação surpreendente. Além disso, as mutações resultantes do vírus estão a cada dia mais desafiando a capacidade dos cientistas médicos e estudiosos desse vírus.

(Continua na próxima semana)

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