Isac Jorge *
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A intervenção do Homem sobre a natureza tem sido freqüentemente desastrosa. Efeito estufa, depleção na camada de ozônio, chuvas ácidas, poluição e esgotamento dos mananciais, são algumas das conseqüências de ações repetidas por anos e anos por meio de políticas irresponsáveis, principalmente nos países desenvolvidos.
Entre tais intervenções as de maior impacto ambiental estão ligadas à construção e desenvolvimento de cidades.
Sob o ponto de vista ecológico, uma cidade é um ecossistema imperfeito e incompleto, já que não é auto-suficiente e não exibe reciclabilidade material. Além disso, concentra negativamente calor, ruídos e poluentes, de diferentes tipos, que afetam o ar, as águas, o solo e o sub-solo. Assim, o meio ambiente antrópico (criado artificialmente pelo homem) das cidades tem características particulares quanto ao clima, o ar respirado, a água consumida e o risco de doenças. A agressão maior ou menor ao ambiente fica na dependência de um planejamento eficaz que direcione as ações de desenvolvimento urbano, e dependem da colaboração de cada cidadão.
Essas considerações são lembradas a propósito do “Dia Internacional do Meio Ambiente” e buscam chamar atenção para a responsabilidade de todos nós.
Os cuidados com o meio ambiente apresentam uma característica especial, de extrema nobreza. É que, na realidade, ao cuidarmos do meio em que vivemos, estamos colaborando com os nossos descendentes, propiciando a eles um mundo ecologicamente mais equilibrado. Essa visão não egoística é que torna o cidadão ambientalista digno do maior respeito e admiração.
Vamos cuidar de nosso “planetinha”. As gerações futuras agradecerão.
* Médico graduado Pela FMRP-USP e doutor em Cirurgia pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo: ex-presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo