Segundo os dados do levantamento “Estatísticas da Criminalidade”, divulgados pela Secretaria de Estado da Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP/SP), a incidência de crimes contra o patrimônio aumentou em sete meses deste ano em Ribeirão Preto. Houve mais furtos e roubos de veículos, furtos e roubos em geral, homicídios e estupros em comparação com o mesmo período de 2020.
Dentre os casos de crime contra a vida, os homicídios recuaram em julho, mas as ações contra o patrimônio registraram alta no mês passado. Ribeirão Preto registrou 34 homicídios em sete meses deste ano, contra 27 do mesmo período de 2020, sete a mais e alta de 25,9%. Significa uma morte a cada seis dias em 2021.
Na comparação entre os meses de julho, houve queda, de quatro para nenhum no mesmo período de 2021. A cidade fechou o ano passado com 49 homicídios, um a cada sete dias e meio, alta de 16,6% em relação aos 42 do mesmo período de 2019. A taxa de casos por 100 mil habitantes subiu de 5,84 para 6,62.
Houve um latrocínio – roubo seguido de morte – em 2021, justamente em julho, mas no ano passado foram registrados três casos no período, nenhum no sétimo mês, queda de 66,7%. Em todo o ano de 2020 foram quatro ocorrências. Somando as duas modalidades – homicídios e latrocínios –, Ribeirão Preto terminou o ano passado com 53 assassinatos, cerca de um a cada sete dias e meio, nove a mais do que os 44 de 2019, alta de 20,4%.
A ocorrência de estupros em sete meses deste ano é 252,6% superior. São 67 casos contra 19 do mesmo período de 2020, ou seja, 48 a mais. A média é de um a cada três dias. Na comparação entre os meses de julho, houve alta de 400%, de um para cinco.
Quarenta e cinco crianças ou adolescentes foram vítimas deste tipo de crime este ano, 67,2% do total. Os casos de estupro despencaram 24,3% no ano passado, de 74 para 56 casos, 18 a menos em doze meses. Em 44 das denúncias as vítimas eram vulneráveis (78,6%).
Os furtos de veículos aumentaram 33,7% em sete meses deste ano, de 649 em 2020 para 868. São 219 a mais, com média diária de quatro. Na comparação entre os meses de julho, a alta chega a 93,3%, de 75 contra 145. São 70 a mais. A queda foi de 32,4% em 2020 – baixou de 1.695 em 2019 para 1.146, ou 549 a menos. A média diária caiu para três casos.
Os roubos de veículos cresceram 16,1%, de 192 para 223. São 31 a mais. A média é pouco superior a um por dia. Na comparação entre os meses de julho, houve estabilidade, 27 em cada. No ano passado, os roubos de veículos caíram 36,7%, de 569 ocorrências para 360, ou 209 a menos em doze meses de 2020.
A média baixou para menos de um (0,9) por dia. A taxa de furto e roubo de veículos por 100 mil habitantes caiu de 330,49 para 216,89. Já os casos por 100 mil veículos recuaram de 416,51 para 273,73. A taxa de furto por 100 mil veículos caiu de 311,83 para 208,30 e o de roubo por 100 mil veículos baixou de 104,68 para 65,43 no ano passado.
O índice de recuperação de veículos pelas polícias Civil e Militar disparou 87% em sete meses deste ano, quando 374 foram devolvidos aos donos, contra 200 do mesmo período de 2020. São 174 a mais. A média é de quase dois por dia. Na comparação entre os meses de julho, houve alta de 139,1%, de 23 para 55.
Em 2020, recuou 59,4%, de 873 em doze meses de 2019 para 354. São 519 a menos. A média diária recuou para menos de um (0,9). Os casos de furtos em geral saltaram de 3.736 nos primeiros sete meses de 2020 para 3.774 este ano, sinal de estabilidade, mas ainda em alta de 1%. São 38 a mais.
A média diária é 18. Na comparação entre os meses de julho, houve alta de 34,6%, de 454 para 611 – ou 157 a mais. Em 2020, essas ocorrências recuaram 30%. A incidência baixou de 8.823 em 2019 para 6.176, redução de 2.647. A média diária caiu para 17. A taxa despencou de 1.287,94 para 889,44 por 100 mil habitantes.
As ocorrências de roubo – quando a vítima sofre ameaça (entram na estatística os de carga e a bancos) – saltaram de 1.151 em 212 dias de 2020 para 1.350 no mesmo período de 2021. São 199 a mais e alta de 17,3%, com média diária de seis.
Na comparação entre os meses de julho, houve aumento de 31,8%, de 154 para 203 – ou 49 a mais. A retração em 2020 foi de 35,4%. Caiu de 2.977 em doze meses de 2019 para 1.922 no ano passado, com 1.055 a menos. A média diária baixou para cinco. A taxa caiu de 434,57 para 276,80 por 100 mil habitantes.