Tribuna Ribeirão
Artigos

Vargas, não. O outro nome de Bolsonaro

De onde viemos, sabemos, em termos… Para onde va­mos, nem sonhamos. Pelo que vem ocorrendo é impossível imaginar, ainda que não seja proibido, por enquanto…

Omar Cardoso, maior astrólogo do Brasil (ribeirão-pre­tano de 1921), mesmo dizendo “Todos os dias, sob todos os pontos de vistas vou cada vez melhor”, seestivesse por aqui seria desmoralizado, com sucessivos erros nos prog­nósticos, desacreditando os signos, ninguém levaria a sério o seu horóscopo, ainda que fossem maravilhas. Teve sorte: partiu cedo!

Antes que Bolsonaro chegasse desafiando a morte; anunciando o fim da velha política (você acreditou?); não se opondo ao desmatamento e às queimadas na Amazônia; invadindo o Supremo; zombando da pandemia; negando liderar a defesa dos brasileiros; debochando da ciência; tirando máscara de criança no meio da multidão (ain­da bem que não foi em filho meu…); unindo o Brasil ao presidente dos americanos que o mundo rejeitou (nem pra eles serviu); desfazendo da nossa eleição (onde se elegeu); denunciando fraudes sem prova alguma; desmoralizando as instituições (Legislativo e Judiciário); fazendo campa­nha contra a democracia…

Ofendendo a Constituição (dizendo-se acima dela); criando a “usina” do ódio ao lado do seu gabinete; ar­rastando o Exército para um desfile de blindados (suca­teados), ameaçando os Deputados (em dia de votação); omitindo-se na falta de vacinas e no tratamento desigual entre os estados; ignorando que a economia despencou e a inflação disparou; o desemprego desgovernou; a fome descontrolou e, se não bastasse, está rompido com o Ju­diciário, querendo derrubar Ministros do Supremo, nem Jânio Quadros ousou. Isso não é bom para os brasileiros. Causa a união da corporação (já foi dito que atacar um, fere a todos).

Só ele não vê, nem acredita. Assim vai acabar a carestia? É como se combate o desemprego? Não faltará comida na mesa dos brasileiros? Ninguém mais passará a noite nas calçadas? O Brasil não caminha para mudar esta triste realidade.

A “lua de mel” do Bolsonaro com o país parece ter aca­bado. No Congresso coleciona derrotas. No Judiciário acu­mula inquéritos, a princípio só dos filhos, agora também contra ele. Nas pesquisas cai a popularidade e a aceitação do governo. Os mais pobres não conseguem participar das provas do Enem. Quem entra nos supermercados sai com a sacola vazia. A conta de luz está impagável. O que faz para mudar? Nada, só pensa em ser reeleito. Suas atitudes surpreendem: geram medo, insegurança.

A lembrança não é boa. Jânio era descontrolado, ame­açava, rompia com as forças dominantes, um desmiolado, descabelado. Só aguentou seis meses, saiu renunciando. Collor (forçado) também. Dilma foi posta pra fora. Getúlio não quis viver mais (um ou dois tiros?; hoje, há 67 anos).

Bolsonaro já escolheu o seu futuro ? Que seja o melhor pra ele (como ser humano) e para nós. É muito parecido com Jânio (de outra época). Bolsonaro age à semelhança de Jânio, vive seu ídolo, deveria ser Jair Messias “da Silva Quadros” Bolsonaro, só falta descabelar. Merecemos? Até quando? Suporta? “Quer valer?”

Postagens relacionadas

Sócrates na terra de Sócrates

Redação 1

Autoridade, educação e segurança

Redação 1

Sonhar, dialogar, transformar: o desafio eleitoral 

Redação 2

Utilizamos cookies para melhorar a sua experiência no site. Ao continuar navegando, você concorda com a nossa Política de Privacidade. Aceitar Política de Privacidade

Social Media Auto Publish Powered By : XYZScripts.com