O ano começou com duas mortes no trânsito de Ribeirão Preto, em janeiro, disparou para nove em fevereiro, recuou para cinco em março, permaneceu em cinco em abril, subiu para sete em maio, voltou para cinco em junho e disparou para oito em julho, segundo informações divulgadas pelo Movimento Paulista de Segurança no Trânsito (Infosiga-SP).
Os dados indicam alta de 60% em relação aos cinco casos do sétimo mês de 2020 e também em relação a junho deste ano, mas em sete meses houve queda de 16,3%. De janeiro a julho do ano passado ocorreram 49 óbitos em Ribeirão Preto, oito a mais que os 41 do mesmo período de 2021.
Lembrando que, em janeiro e fevereiro de 2020, Ribeirão Preto ainda não estava sob os efeitos das medidas restritivas impostas pela pandemia de coronavírus – as regras mais rígidas da quarentena começaram a valer no final de março.
Entre 1º de janeiro e 31 de julho deste ano, 26 motociclistas morreram na cidade (63,41%), além de seis pedestres (14,63%) e quatro ciclistas (9,76%). Duas pessoas estavam de carro (4,88%) e uma de caminhão (2,44%). Não há informação sobre dois casos (4,88%). Vinte e três vítimas morreram nos locais do acidente (56,1%). Quinze chegaram a ser socorridas, mas não resistiram (36,58%). Três ocorrências não têm identificação de local (7,32%).
As vítimas são 29 homens (70,73%) e doze mulheres (29,27%) com idades entre zero e 74 anos. Vinte e cinco casos ocorreram em vias municipais (60,98%), treze em rodovias dentro do perímetro urbano (31,7%) e os locais de três dos óbitos não foram disponibilizados (7,32%). Durante o período mais crítico da pandemia, entre abril do ano passado e junho deste ano, foram registradas 77 mortes em Ribeirão Preto.
O Infosiga-SP atualizou os dados dos últimos anos e constatou que o número de vítimas fatais em decorrência de acidentes de trânsito ficou estável em Ribeirão Preto em 2020, em comparação com 2019. Foram 71 óbitos contra 72 no perímetro urbano da cidade – a malha viária é composta por 1,5 mil quilômetros de vias municipais e também de rodovias concedidas pelo Estado –, um a mais em 2020 e alta de 1,4%.
No ano passado, foram dez mortes em janeiro, dez em fevereiro, oito em março, apenas três em abril, sete em maio, seis em junho, cinco em julho, três em agosto, seis em setembro, três em outubro, sete em novembro e quatro em dezembro. Entre abril e julho, a quarentena imposta pelos decretos de isolamento social estava mais severa, mas foi flexibilizada a partir de agosto.
A queda no período da pandemia, entre abril e dezembro, foi significativa, de 31,2%, segundo dados do Infosiga-SP. Na comparação entre os dois períodos de nove meses – de abril a dezembro –, a quantidade de vítimas fatais recuou de 59 em 2019 para 44 no ano passado, queda de 25,4% e 15 mortes a menos.
Trinta e oito motociclistas morreram entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2020, mais da metade das vítimas fatais (52,8%). Treze eram pedestres (18%), nove estavam de bicicleta (12,5%), nove de carro (12,5%) e três não foram definidas (4,2%). A média é de aproximadamente uma morte a cada cinco dias.
Menos da metade das vítimas chegou a ser socorrida – 34 pessoas (47,22%) foram levadas para hospitais e unidades de saúde, mas não resistiram aos ferimentos – e 38 morreram no local dos acidentes (52,78%). Cinquenta e nove das vítimas eram homens (81,94%) e 13 mulheres (18,06%). Foram 37 óbitos em vias municiais (51,39%), 27 em rodovias que cortam a cidade (37,5%) e oito casos sem identificação de local (11,11%).