Tribuna Ribeirão
Cultura

Semana de Portinari terá formato híbrido

JULIANA DIAS

Tradicional e muita aguar­dada, a Semana de Portinari é um marco em Brodowski, pois celebra os artistas, a cul­tura e o aniversário da cida­de. Organizada pelo Museu Casa de Portinari, em parce­ria com a prefeitura local, a edição deste ano, a 46ª, será híbrida, online e presencial seguindo todos os protocolos sanitários e as regras do Pla­no São Paulo.

Entre as medidas, haverá álcool em gel nos locais das atividades e o uso de máscara será obrigatório, assim como o distanciamento mínimo de um metro – em 2020, a Sema­na de Portinari foi virtual por causa da pandemia de coro­navírus. A agenda deste ano começa neste sábado, 14 de agosto, e vai até dia 22, ani­versário de Brodowski – vai completar 108 anos –, com muitas ações foram mantidas e novidades que chegam para aproximar a arte ao público.

A cerimônia de abertura da 46ª Semana de Portinari e do Giardino Portinari será neste sábado, às 9h30, com exposição a céu aberto “Giar­dino Portinari”, que celebra a relação do pintor com a sua terra natal, a imigração italiana com a homenagem à Chiampo, cidade-irmã de Brodowski, a fraternização e a convivência entre os povos e a proteção ambiental.

No mesmo dia será realiza­da a Pintura Mural – Galeria a Céu Aberto, das oito às 18 horas, em vários pontos da ci­dade, como a pista de skate no Ginásio de Esportes, Canindé de Futebol “Antônio Carlos Mendonça” – Campo do Per­nambuco, ponto de informa­ção turística na Praça Martin Moreira e muro particular em frente ao “Giardino Portinari”.

Durante todo o evento, de 14 a 22 de agosto, a cidade de Candido Portinari (1903- 1962) vai sediar a exposição de álbum fotográfico ”Um novo olhar para Brodowski”, da fotógrafa brodowskiana Alana Furlan realizou um trabalho fotográfico sobre Brodowski.

Ficará em cartaz na anti­ga Estação Ferroviária. Ainda neste sábado, será aberta a ex­posição coletiva de artes plás­ticas virtual, nas redes sociais da Casa de Portinari. Para ter acesso a toda a programação, basta acessar o site do museu.

Desde 1º de agosto, o Museu casa de Portinari está aberto para visitação presen­cial de terça-feira a domingo, das nove às 18 horas, com 80% de ocupação. A medi­da acontece pela inserção do Estado na fase de transi­ção do Plano São Paulo, que possibilita o retorno seguro e gradativo das atividades presenciais, seguindo todos os protocolos de segurança sanitária para seus funcioná­rios e visitantes.

Como forma de continu­ar a disseminar a cultura, as ações educativas da institui­ção e também o tour virtual permanecem de forma onli­ne pelas mídias sociais e site (@museucasadeportinari e www.museucasadeportinari.org.br). o museu fica na pra­ça Candido Portinari nº 298, Centro de Brodowski. O te­lefone para informações é o (16) 3664-4284.

Candido Portinari
Filho de imigrantes italia­nos nascido em Brodowski, em 30 de dezembro de 1903, Candido Portinari mani­festou sua vocação artística desde criança. Ao longo de sua carreira, pintou mais de cinco mil obras, entre elas os painéis “Guerra e Paz”, ofere­cidos pelo governo brasileiro à sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, Estados Unidos.

Morreu em 6 de fevereiro de 1962, aos 58 anos, vítima de intoxicação pelas tintas que utilizava. Criou desde pequenos esboços até gran­des obras, murais e painéis. O artista foi o pintor brasileiro que conseguiu maior pro­jeção internacional devido ao seu talento artístico e sua atuação no cenário cultural e político do Brasil.

Capela da Nonna
Candido Portinari man­dou construir, em 1940, uma capela ao lado da casa da avó Pelegrina, que por conta da idade e problemas de saúde não conseguia se locomover até a igreja para orar. Nas pa­redes estão os santos predi­letos da avó, retratados pelo artista com a fisionomia de amigos e parentes. A obra terminou em 1941. A Capela da Nonna é um dos princi­pais espaços do Museu Casa de Portinari.

No espaço estão São Fran­cisco de Assis, Santa Luzia, São Pedro, São João Batista, a Sagrada Família, entre outras figuras sacras admiradas pela família. As imagens dos san­tos têm as formas de parentes e amigos de Portinari, uma tradição presente na pintura do século XV retomada pelo pintor, principalmente entre artistas flamengos e italianos.

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