Tribuna Ribeirão
Economia

Previsão para o IPCA vai a 6,88%

© Reuters/Rebecca Cook/Direitos reservados

A projeção do mercado financeiro para a inflação em 2021 se distanciou ainda mais do teto da meta perseguida pelo Banco Central (BC). Os economistas do mercado financeiro alteraram a previ­são para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Am­plo – o indexador oficial de preços – em 2021.

O Relatório de Mercado Fo­cus divulgado nesta segunda­-feira, 9 de agosto, pelo Banco Central, mostra que a mediana para o IPCA se distanciou ainda mais do teto da meta para este ano e foi de alta de para 6,79% para 6,88%. Foi a 18ª elevação consecutiva. Há um mês, a previsão estava em 6,11%.

A projeção dos econo­mistas para a inflação já está bem acima do teto da meta de 2021, de 5,25%. O centro da meta para este ano é de 3,75%, sendo que a margem de tolerância é de 1,5 ponto (de 2,25% a 5,25%). A pre­visão para o índice em 2022 passou de 3,81% para 3,84%, também acima da meta para o período. Quatro semanas atrás, estava em 3,75%.

O relatório Focus trou­xe ainda a projeção para o IPCA em 2023, que segue em 3,25%. No caso de 2024, a ex­pectativa continua em 3,00%. Há quatro semanas, essas projeções eram de 3,25% e 3,16%, respectivamente. A meta de 2022 é de 3,50% e a de 2024 de 3%, com mar­gem de 1,5 ponto (de 2,00% a 5,00%), enquanto o parâme­tro para 2023 é de inflação de 3,25%, com margem de 1,5 ponto (de 1,75% a 4,75%).

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, fixada atualmente em 3,5% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). O Rela­tório de Mercado Focus indica que a mediana das previsões para este ano subiu de 7,00% para 7,25% ao ano. Há um mês, estava em 6,63%.

Na semana passada, diante da pressão causada pela eleva­ção de preços na economia, o Copom aumentou, pela quarta vez consecutiva, a Selic, que foi de 4,25% para 5,25% ao ano. No caso de 2022, a proje­ção do Focus foi de 7% para 7,25% ao ano, ante 7% de um mês antes. Para 2023 e 2024, segue em 6,50%, mesmo pa­tamar de um mês atrás.

A previsão para o cresci­mento do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – segue em 5,30%. Há quatro semanas, a estimati­va era de 5,26%. Para 2022, o mercado financeiro manteve a projeção do PIB em expansão de 2,05%, ante 2,10% da se­mana anterior.

Quatro semanas atrás, esta­va em 2,09%. Em 2023 e 2024, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 2,5%. No Focus divulgado nesta sema­na, a projeção para a produção industrial de 2021 subiu de 6,38% para 6,47%. Há um mês, estava em elevação de 6,29%.

No caso de 2022, a estima­tiva de crescimento da pro­dução industrial segue em 2,20%, ante 2,20% de quatro semanas antes. A mediana das expectativas para o câm­bio no fim do período conti­nua em R$ 5,10 – era de R$ 5,05 um mês atrás. Para 2022, a projeção para o câmbio se­gue em R$ 5,20, mesmo valor de quatro pesquisas atrás.

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