A saúde é o maior bem do ser humano. É um patrimônio de valor incomensurável. E sobre isso todas as pessoas concordam. Na teoria. Mas na hora de colocar em prática as atitudes que são capazes de levar a esse extraordinário bem na vida das pessoas, aí um grande número delas simplesmente não fazem o investimento que seria desejável para a concretização desse patrimônio tão rico e de extrema utilidade.
No caso específico do Brasil pelas características da nossa sociedade temos uma agravante: os homens não procuram e às vezes até se recusam a se utilizar dos benefícios da medicina preventiva, que são capazes de levar ao acúmulo e preservação desse bem maior. Recente pesquisa mostrou que os homens colocam como prioridade absoluta em suas vidas: o trabalho.
E muitas vezes, como é o caso de uma consulta médica preventiva, realização de exames, vacinações e outras medidas só são possíveis de serem realizadas em dias de semana e os homens simplesmente se recusam a faltar ao trabalho para comparecer a uma consulta médica destinada a colocar as medidas de medicina preventiva em dia. E não são só os homens relativamente refratários a assumir essas responsabilidades: pessoas de qualquer idade inclusive aqueles em idade avançada que são dependentes de acompanhantes e que se constitui em um contingente cada vez maior em nossa sociedade.
Essa população muito grande contribui certamente para aumentar o número de pessoas sujeitas a contrair e mesmo evitar contrair doenças. É de se destacar que as vacinas desempenham papel importantíssimo na prevenção de um grande número de doenças.
No caso específico do Brasil nós temos muitas histórias de grande aceitação das vacinas por parte da população brasileira e praticamente nos dias de hoje a recusa de uma pessoa a ser vacinada é muito pequena. Mas isto nem sempre foi assim. Revisando a história da saúde pública no Brasil constatamos que no passado essa absurda rejeição era muito grande.
O Dr. Osvaldo Cruz, então responsável pela Saúde Pública, há pouco mais de 100 anos chegou a enfrentar uma revolta da população do Rio de Janeiro contra sua campanha de vacinação contra a febre amarela que causava a morte de milhares de brasileiros.
Felizmente ele foi um vencedor e sua campanha foi vitoriosa e evitou milhares de mortes no Rio de Janeiro e no Brasil. Hoje praticamente estamos livres de uma rejeição às vacinas e a população aceita e adere bem ser vacinadas. Apesar disso, um fato novo surgiu no mundo que são as chamadas redes sociais. Os benefícios trazidos a qualquer pessoa por esse novo componente é extraordinário, claro. Não obstante a isso, infelizmente há pessoas ou grupo de pessoas que são capazes de trazer também enormes prejuízos aos usuários desse importante meio de comunicação em massa.
No caso específico da saúde pública, o maior deles é divulgar notícias falsas, as chamadas fake news. Isso é um fato verdadeiramente deplorável e até criminoso, pois é capaz de levar as pessoas a não acreditar, por exemplo na eficácia das vacinas, que pode inclusive levar a doenças graves, hospitalizações e até a morte.
É o caso não só da recusa à vacina contra a covid-19, como também a outras doenças como a gripe H1N1, febre amarela e outras. Felizmente as mães brasileiras sempre estiveram atentas e a adesão às campanhas de vacinação direcionadas a imunizar as crianças têm sido um sucesso através dos anos. Idosos brasileiros também aderem com entusiasmo às campanhas de vacinação contra a gripe, pneumonia e outras, quando devidamente conscientizados. Infelizmente o governo não tem sido ineficiente na comunicação social visando esclarecer a população, sobre os benefícios da vacinação.
Com a chegada da pandemia da covid-19 atenção foi transferida para atender a demanda voltada para essa urgência. Infelizmente aí a eficácia da comunicação social do governo também se mostrou ineficaz em muitos aspectos importantes.
Também existem pessoas que assumem comportamentos absurdos como o de espalhar fake news nas redes sociais para confundir a população, o que certamente traz enormes prejuízos levando ao ponto de a pessoa se recusar a tomar qualquer vacina, principalmente contra a covid-19. (Continua na próxima semana).