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Consórcio assumirá o aeroporto em 90 dias

GUILHERME SIRCILI

Na manhã desta terça-feira, 3 de agosto, o prefeito Duar­te Nogueira (PSDB) recebeu, no Palácio Rio Branco, Mar­cel Gomes Moure, presidente do consórcio Voa-SP, forma­do pelas empresas Voa NW e Voa SE e que venceu o leilão para administrar o Aeropor­to Estadual Doutor Leite Lo­pes, em Ribeirão Preto, pelos próximos 30 anos.

O certame foi realizado em 15 de julho, na sede da B3, na Bolsa de Valores do Brasil, em São Paulo. Prefeito e empresá­rio trataram de assuntos rela­cionados ao Aeroporto Leite Lopes. O contrato do Estado com a concessionária deve es­tar assinado em até 90 dias e os investimentos começarão logo após a conclusão do plano de transição operacional.

“A intenção da empresa é melhorar as condições opera­cionais, de segurança, para dar continuidade ao processo de internacionalização do aero­porto para voos comerciais e de carga, além de atender me­lhor seus cessionários e o cida­dão de Ribeirão Preto”, disse Moure ao chefe do Executivo.

“Geração de emprego e renda, além de mais desenvol­vimento, para que tenhamos um terminal aeroportuário da dimensão e da importân­cia que a cidade de Ribeirão Preto precisa e merece”, in­formou o prefeito Duarte Nogueira na ocasião.

A obra contemplará a am­pliação do terminal de pas­sageiros, que passará de 500 passageiros por hora durante o horário de pico para 785. O projeto prevê ainda a expan­são em dois mil metros qua­drados da área útil. Segundo Marcel Moure, a ampliação permitirá movimentar mais de dois milhões de usuários ao ano. “Com conforto e se­gurança”, completou.

A empresa ainda será res­ponsável por recapear, ilu­minar e fazer a repintura da pista principal, área de taxia­mento e pátio, adequação de segurança, Papi (sistema de aproximação visual) e sinali­zações horizontais e verticais. O leite Lopes é um dos 22 ae­roportos regionais que eram administrados pelo Departa­mento Aeroviário do Estado de São Paulo (Daesp) – au­tarquia vinculada à Secretaria de Logística e Transportes.

O leilão dos aeródromos foi dividido em dois blocos – Noroeste e Sudeste. Ribeirão Preto estava no Grupo Sudes­te, composto por mais dez uni­dades: Bauru-Arealva, Marília, Araraquara, São Carlos, Soro­caba, Franca, Guaratinguetá, Avaré-Arandu, Registro e São Manuel. O consórcio vai pagar R$ 14.737.486,00 para assumir a gestão do Leite Lopes e dos outros aeródromos.

A concessão do Aeropor­to Leite Lopes deverá resul­tar em investimento de R$ 130.282.812,00. O edital para concessão dos onze aeroportos do Grupo Sudeste prevê um total de R$ 266.579.190,00. Ou seja, 48,9% dos recursos serão aplicados no de Ribeirão Preto. O terminal de passageiros, por exemplo, deverá receber em um prazo de 20 anos um total de R$ 88.130.434,00. O investi­mento foi dividido em biênios.

Outros setores do Leite Lopes também receberão in­vestimentos. Entre as obras previstas estão o recapea­mento, iluminação e repin­tura da pista de pouso, no valor de R$ 20.276,645,00, estacionamento de veículos (R$ 8.810.986,00) e medidas contra o ruído aeronáutico (R$ 3.217.625,00).

A concessão à gestão da iniciativa privada prevê a pres­tação dos serviços públicos de operação, manutenção, explo­ração e ampliação da infraes­trutura aeroportuária estadu­al. A Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Ar­tesp) passa agora a ser regu­ladora do setor. O contrato prevê modelo de remunera­ção tarifária e não tarifária.

A concessão do Leite Lo­pes não irá promover apenas o desenvolvimento da aviação na cidade, mas ser uma opção para atrair investimentos no turismo de lazer e de negócios, prestação de serviços, hotela­ria, entre outras opções que irão gerar mais receitas para Ribeirão Preto. A previsão é de mais de R$ 447 milhões em investimento por parte da iniciativa privada somando os 22 aeródromos.

Com ágio de 11,14 % sobre a outorga mínima, o Consór­cio Aeroportos Paulista apre­sentou a oferta vencedora de R$ 7,6 milhões pela conces­são do lote Noroeste de ae­roportos do interior. Já para o lote Sudeste, o vencedor foi o Consórcio Voa NW e Voa SE, a partir da proposta de R$ 14,7 milhões, equivalente a ágio de 11,5% sobre a ou­torga mínima.

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