Tribuna Ribeirão
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Nogueira defende aulas presenciais em agosto

ANDO GONZAGA/CCS

O prefeito Duarte Noguei­ra (PSDB) afirmou, em cole­tiva de imprensa online nesta quinta-feira, 29 de julho, que vai pedir audiência de conci­liação na Justiça do Trabalho com o Sindicato dos Servidores Municipais de Ribeirão Preto, Guatapará e Pradópolis (SSM­-RPGP) para viabilizar o retorno das aulas presenciais ainda em agosto. O ano letivo terá início na próxima segunda-feira (2), mas o ensino será remoto.

Em fevereiro, o juiz João Baptista Cilli Filho, da 4ª Vara do Trabalho, concedeu limi­nar ao sindicato e proibiu o retorno de cinco mil professo­res, diretores, coordenadores, monitores, supervisores, cozi­nheiros, auxiliares, motoristas e outros funcionários que atu­am no ambiente escolar e dos 47.271 alunos da rede munici­pal sem garantia de segurança sanitária nas 131 escolas e sem a vacinação completa (primei­ra e segunda doses) de todos os profissionais da área.

Nogueira lembra que os es­tudantes estão fora da sala de aula há 13 meses e esse período longe das escolas trará “um pre­juízo estratosférico para a vida dos alunos”. “Decisão judicial a gente tem que cumprir, mesmo que nós venhamos a discordar dela, mas é inconcebível como prefeito, como pai e como cida­dão da minha cidade, ter que fazer um enfrentamento para devolver as crianças novamente para a sala de aula”, emenda.

Já o secretário da Educa­ção, Felipe Elias Miguel, disse que os laudos da inspeção que está sendo realizada por três médicos infectologistas, nas 131 escolas da rede municipal, só devem ser divulgados em meados de agosto. Além disso, como parte dos profissionais da área foi imunizada em junho com as vacinas da AstraZeneca/ Oxford e Pfizer/BioNTech, a se­gunda dose só poderá ser aplica­da em setembro.

Na quarta-feira (28), a juíza substituta da 4ª Vara do Traba­lho, Paula Rodrigues de Arau­jo Lenza, rejeitou o pedido do Sindicato dos Servidores para anular as inspeções. A entida­de afirma que vai questionar novamente o processo quando os laudos forem entregues pela prefeitura de Ribeirão Preto. Os três médicos infectologis­tas são ligados à Fundação de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Assistência (Faepa).

A Faepa gerencia o Hospi­tal das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (HCFMRP/USP). Os médicos foram nomeados pela Secreta­ria Municipal da Educação para vistoriar e emitir laudos de se­gurança sanitária das escolas da rede de ensino do município. Já inspecionaram 32,8% das 131 unidades que serão fiscalizadas.

Segundo a secretaria, des­tas 43 unidades, 31 são Escolas Municipais de Ensino Funda­mental (Emefs) e doze de edu­cação infantil. Os médicos Fer­nando Belíssimo Rodrigues, Renata Teodoro Nascimento e Valdes Roberto Bolella foram nomeados pela prefeitura para execução deste serviço.

Das 131 unidades que se­rão vistoriadas, 31 são Emefs, 36 são Centros de educação Infantil (CEIs), 41 são Esco­las Municipais de Educação Infantil (Emeis) e 23 são con­veniadas. O parecer do trio, assim como a vacinação de todos os profissionais da área que atuam no ambiente esco­lar, será decisivo para definir o retorno das aulas presenciais.

Dados da Secretaria Muni­cipal da Educação revelam que três mil profissionais da área em Ribeirão Preto estão totalmente imunizados contra a covid-19.

Ou seja, já receberam a primeira e segunda dose das vacinas Coronavac, desenvol­vida no Brasil pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac, oua da AstraZeneca, produzi­da pelo laboratório britânico homônimo em parceria com a Universidade de Oxford e en­vasada no Brasil pela Funda­ção Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Outros tomaram a dose única da Janssen, da Johnson & Johnson. Segundo a pasta, cer­ca de dois mil profissionais da rede municipal ainda precisam da aplicação de reforço. Já foram realizadas quatro ações de vaci­nação contra a covid-19.

São cerca de doze mil edu­cadores na cidade, contando funcionários da rede pública municipal e estadual e da par­ticular. Pesquisa que está sendo realizada pela Secretaria Muni­cipal da Educação mostra que, até terça-feira, 27 de julho, 9.784 pais e responsáveis pelos alunos da rede de ensino de Ribeirão Preto já haviam opinado se de­sejam ou não o retorno das au­las presenciais neste momento. Deste total, 7.206 são a favor dos filhos nas classes (ou 73,7%) e 2.578 são contrários (26,3%).

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