Pesquisa que está sendo realizada pela Secretaria Municipal da Educação mostra que, até esta terça-feira, 20 de julho, 9.692 pais e responsáveis pelos alunos da rede de ensino de Ribeirão Preto já haviam opinado se desejam ou não o retorno das aulas presenciais neste momento. Deste total, 7.133 são a favor dos filhos nas classes (ou 73,6%) e 2.559 são contrários (26,4%).
Na educação infantil, 4.992 pais responderam à pesquisa, Sendo que 3.787, ou 75,9%, são a favor e 1.205, contra (24,1%). Já no ensino fundamental, 4.657 participaram do levantamento. Deste total, 3.318 são favoráveis ao retorno (71,2%) e 1.339 discordam da volta às salas de aula (28,8%). A pesquisa também ouviu os pais de estudantes da educação especial, oferecida pela Escola Egydio Pedreschi.
Quarenta e três responderam à enquete, sendo que 29 são a favor da volta das aulas presenciais (67,4%) e 14 são contrários (32,6%). O secretário municipal da Educação, Felipe Elias Miguel, defende o retorno dos alunos às salas de aula a partir de 3 de agosto, com pelo menos 50% da capacidade de cada uma das 110 escolas municipais e das 22 conveniadas.
Na sexta-feira (16), a pasta publicou, no Diário Oficial do Município (DOM), a nomeação dos três médicos infectologistas que estão avaliando as condições de segurança sanitária das escolas da rede municipal de ensino. Segundo o cronograma anunciado pela secretaria, 31 unidades deverão ser vistoriadas esta semana, até sábado (24).
Os infectologistas também terão de elaborar os laudos do transporte escolar, que atende parte dos 47.271 alunos da rede municipal de ensino. As regras foram homologadas em 1º de junho pelo juiz João Baptista Cilli Filho, da 4ª Vara da Justiça do Trabalho.
O parecer do trio, assim como a vacinação de todos os profissionais da área que atuam no ambiente escolar, será decisivo para definir o retorno das aulas presenciais. Foram nomeados os médicos Fernando Belíssimo Rodrigues, Renata Teodoro Nascimento e Valdes Roberto Bolella.
Eles foram indicados pela Fundação de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Assistência (Faepa), do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, ligada à Universidade de São Paulo (HC-FMRP/USP). A indicação atendeu a uma solicitação feita pela Secretaria Municipal da Educação.
O Sindicato dos Servidores Municipais de Ribeirão Preto, Guatapará e Pradópolis (SSM-RPGP) defende que só poderiam ser nomeados médicos concursados da prefeitura, e que este não seria o caso. A magistrada também manteve o acordo judicial que autoriza a volta das aulas presenciais na rede municipal de ensino somente depois da imunização completa – primeira e segunda dose – de todos os profissionais da área que atuam no ambiente escolar.
Porém, como parte dos profissionais da educação foi imunizada em junho com as vacinas da AstraZeneca/Oxford e Pfizer/BioNTech, a segunda dose só poderá ser aplicada em setembro. Mesmo assim, a prefeitura de Ribeirão Preto requisitou a antecipação da vacinação deste grupo ao governo de São Paulo. Se não conseguir reverter o quadro, as aulas deverão ser retomadas apenas em outubro.
A Secretaria Municipal da Educação trabalha desde o ano passado para que a volta das aulas presenciais ocorra de forma segura. Todas as unidades escolares já receberam os equipamentos de proteção individual (EPIs) necessários, como máscaras para alunos, professores e funcionários, face shields, aventais, termômetros infravermelhos, fita zebrada, sabonete líquido, água sanitária, álcool líquido e álcool em gel.
Além disso, todas as escolas realizaram adequações necessárias para o retorno, tais como demarcações no solo, nos refeitórios, pátios, banheiros, adequações nas salas de aula, sanitização dos ambientes, bem como a aquisição de materiais para o cumprimento dos protocolos sanitários e do distanciamento mínikmo de um metro entre os estudantes.
Cerca de doze mil profissionais da educação de Ribeirão Preto – da rede pública (muinicipal e estadual) e particular – já receberam ao menos a primeira dose da vacina contra a covid-19. A rede municipal de ensino conta com cerca de cinco mil professores, diretores, coordenadores, monitores, supervisores, cozinheiros, auxiliares, motoristas e outros funcionários que atuam no ambiente escolar.