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Infectologistas avaliam 31 escolas municipais

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A Secretaria Municipal da Educação publicou, no Di­ário Oficial do Município (DOM) de sexta-feira, 16 de julho, a nomeação dos três médicos infectologistas que vão avaliar as condições de segurança sanitária das 110 escolas da rede de ensino do município e das 22 convenia­das. Segundo o cronograma anunciado pela pasta, 31 uni­dades deverão ser vistoriadas esta semana, até sábado (24).

As primeiras vistoria ocor­reram no último sábado (17), na Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Profes­sor Jarbas Massullo, no Parque Sebastião, e na Emef Dercy Célia Seixas Ferrari, no Jardim Juliana, ambas na Zona Leste. As avaliações seguem durante os outros dias.

O parecer do trio, assim como a vacinação de todos os profissionais da área que atu­am no ambiente escolar, será decisivo para definir o retorno das aulas presenciais. Foram nomeados os médicos Fer­nando Belíssimo Rodrigues, Renata Teodoro Nascimento e Valdes Roberto Bolella.

Eles foram indicados pela Fundação de Apoio ao En­sino, Pesquisa e Assistência (Faepa), do Hospital das Clí­nicas da Faculdade de Medi­cina de Ribeirão Preto, ligada à Universidade de São Paulo (HC-FMRP/USP). A indica­ção atendeu a uma solicita­ção feita pela Secretaria Mu­nicipal da Educação.

A nomeação dos médicos é uma exigência feita pela ju­íza substituta da 4ª Vara do Trabalho, Paula Rodrigues de Araújo Lenza, que acatou, em parte, o pedido de impugnação apresentado pelo Sindicato dos Servidores Municipais de Ri­beirão Preto, Guatapará e Pra­dópolis (SSM-RPGP) contra a nomeação do trio.

O sindicato defende que só poderiam ser nomeados médicos concursados da prefeitura, e este que não é o caso. Diz ainda que vai exi­gir o cronograma de vistoria das escolas para acompanhar as inspeções. Com isso, quer saber como os infectologis­tas, servidores do Estado e com carga horária no HC e na USP, atuarão em horário de trabalho para o município.

A magistrada também man­teve o acordo judicial que auto­riza a volta das aulas presenciais na rede municipal de ensino somente depois da imunização completa – primeira e segunda dose – de todos os profissionais da área que atuam no ambiente escolar. A Secretaria Municipal da Educação pretende retomar o ensino em sala de aula a partir de 3 agosto.

Porém, como parte dos profissionais da educação foi imunizada em junho com as vacinas da AstraZeneca/ Oxford e Pfizer/Biontech, a segunda dose só poderá ser aplicada em setembro. Mes­mo assim, a prefeitura de Ri­beirão Preto requisitou a an­tecipação da vacinação deste grupo ao governo de São Paulo. A Secretaria da Edu­cação quer retomar as aulas presenciais em 3 de agosto, com pelo menos 50% dos alunos nas classes.

“Todas as unidades es­colares já receberam os EPIs (equipamentos de proteção individual) necessários”, diz o prefeito Duarte Nogueira. “Além disso, todas as escolas realizaram adequações para o retorno como demarcações no solo, nos refeitórios, pátios, ba­nheiros, adequações nas salas de aula, sanitização dos am­bientes e materiais para cum­primento do distanciamento social”, explica o prefeito.

Para ouvir a população, a Secretaria da Educação dispo­nibilizou uma pesquisa online voltada aos pais e responsáveis dos alunos com o intuito de saber se são ou não favoráveis à volta das aulas presenciais. A consulta é uma forma de acompanhar a opinião dos responsáveis. Até o momento, cerca de 9.651 pais responde­ram e 74% são favoráveis ao retorno contra 26% que não querem a volta presencial.

Transporte escolar
Os infectologistas também terão de elaborar os laudos do transporte escolar, que aten­de parte dos 47.271 alunos da rede municipal de ensino. As regras foram homologadas em 1º de junho pelo juiz João Bap­tista Cilli Filho, da 4ª Vara da Justiça do Trabalho.

A vacinação da educação
– Na quarta-feira, 14 de julho, mais dois mil profissionais da área educacional foram vaci­nados com a primeira dose da vacina contra a covid-19 em Ribeirão Preto, chegando a doze mil pessoas. O número repre­senta quase 100% dos educado­res da cidade, contando funcio­nários da rede pública municipal e estadual e da particular.

Já foram realizadas quatro ações de vacinação contra a covid-19. A rede municipal de ensino conta com cerca de cinco mil professores, diretores, coor­denadores, monitores, super­visores, cozinheiros, auxiliares, motoristas e outros funcionários que atuam no ambiente escolar.

Se a prefeitura não conseguir reverter a decisão da Justiça do Trabalho que manteve a volta das aulas presenciais somente depois da aplicação da segunda dose em todos os profissionais da área, o retorno dos alunos às escolas só deve ocorrer entre setembro ou outubro.

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