Na última quarta-feira, 14 de junho, o governador do estado de São Paulo, João Dória (PSDB), determinou o retorno ao trabalho presencial de todos os servidores públicos do estado de São Paulo, com exceção dos funcionários que tenham comorbidades e ainda não estiverem sido imunizados contra a covid-19. Os funcionários públicos estaduais estavam trabalhando em esquema de home office desde 15 de março do ano passado por causa da pandemia. De acordo com o governo, atualmente existem cerca de 703 mil servidores estaduais na ativa.
Segundo o Governo Estadual todos os protocolos sanitários deverão ser respeitados no retorno às atividades presenciais, como uso de álcool em gel, aferição de temperatura e uso de máscara de proteção. “Vamos ter uma redução acentuada do número de casos então o governo do estado de São Paulo está dando um exemplo para que aqui os seus servidores possam voltar ao trabalho presencial, resguardando os devidos cuidados, mas com a indicação clara da queda do número de casos, da queda de internações e de óbitos. Isso nos permite tomar essa decisão em absoluta segurança”, afirmou Doria.
A decisão vale para todos que estejam em condições físicas adequadas, mesmo os que ainda não tomaram a vacina contra a covid-19. Os que não tomaram a vacina deverão apresentar a sua testagem e entrar no programa de vacinação que, segundo o governo, está acelerado.
Os fatores de risco que podem impedir um funcionário de retornar ao trabalho presencial são definidos pelo Centro de Vigilância Sanitária da Secretaria da Saúde. Estes funcionários serão mantidos em jornada remota de trabalho, ou à disposição da Administração, até que completem o esquema vacinal.
Câmara de Ribeirão Preto
A decisão de retomar o trabalho presencial também está sendo adotado por outras esferas da administração pública. Em Ribeirão Preto depois de quinze meses, a Câmara de Vereadores deverá ter a maioria de seus 205 funcionários de volta aos seus postos de trabalho. Desde e começou a pandemia o trabalho virtual foi adotado pelo Legislativo que, neste período, funcionou com o mínimo de servidores possíveis.
Além de colocar em tele trabalho todos servidores com comorbidades e aqueles da faixa etária com maior risco de agravamento da doença, caso sejam contaminados, a Câmara estabeleceu um sistema de rodízio para os que não estavam nestes grupos. A Câmara de Ribeirão Preto tem 95 servidores concursados e 110 comissionados ligados aos vereadores, cinco por cada gabinete.
As sessões do Legislativo que estavam sendo realizadas virtualmente, também voltarão a ser presenciais no dia 3 de agosto. Elas também deixarão de ser realizadas às 16 horas e voltarão para o horário tradicional às 18 horas.
De acordo com o presidente da Câmara, Alessandro Maraca (MDB) o retorno das atividades presenciais estará condicionado à adoção das medidas sanitárias e estabelecidas pelo Plano São Paulo de retomada das atividades. Entre elas, a limitação de público nas sessões em 60% da capacidade de lotação do plenário, o distanciamento social e o uso de máscaras e higienização com álcool gel. No caso dos servidores com comorbidades eles terão que apresentar laudos médicos para continuarem em home office.
A Prefeitura de Ribeirão Preto também deve retomar as atividades presenciais, mas até o momento não divulgou como isso será feito. Até esta sexta-feira (16), segundo dados da ferramenta “Vacinômetro” do governo paulista, Ribeirão Preto tinha vacinado 448.419 pessoas contra a covid-19. Deste total, 330.089 receberam a primeira dose, 102.691 as duas doses e 15.639 a dose única no caso da vacina Johnson & Johnson feita em parceria com a Janssen.
Câmara economizou com água e luz no home office
O trabalho home office gerou uma economia para a Câmara de Ribeirão Preto nas contas de água e energia elétrica. Levantamento do Tribuna no Portal da Transparência do Legislativo revela que 2019 foram gastos com o pagamento da conta de luz R$ 425.738,44. Já o ano passado com o início do teletrabalho este valor caiu para R$ 328.839,00 e este ano, até o mês de junho, o total gasto foi de R$ 145.185,92. A queda nos gastos com o pagamento água também foi reduzido. Enquanto em 2019 foram pagos R$ 95.591,56 de água e esgoto, em 2020, este valor caiu para R$ 80.234,44 e, este ano até junho, o valor era de R$ 21.168,56.
Dados divulgados pelo Governo Federal também revelam que somente nos cinco primeiros meses de trabalho remoto, o Brasil economizou R$ 1 bilhão. Segundo o Ministério da Economia no ano passado – entre abril e agosto – o Governo Federal economizou cerca de R$ 1,02 bilhão com o trabalho remoto de servidores públicos.
De acordo com o levantamento, o valor considera a redução de R$ 859 milhões nos gastos de custeio e de R$ 161 milhões nos pagamentos de auxílios aos servidores em itens como diárias, passagens e despesas com locomoção e também com energia elétrica, água e esgoto.