O atual cenário brasileiro retrata um grande endividamento da população. Segundo informações do Serviço de Proteção de Crédito (SPC), o Brasil conta hoje com 63,4 milhões de pessoas endividadas, aproximadamente 32% da população total. Um número extremamente assustador.
Dentre as dívidas mais onerosas, os cartões de crédito, cheque especial, empréstimo pessoal e financiamento de carros e casas foram as modalidades que mais se destacaram no último mês de junho de 2021.
A proporção das famílias que utilizam o cartão de crédito como principal tipo de dívida chegou a 81,8%,segundo a CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo). E nesta mesma pesquisa, a CNC aponta que o Brasil atinge o maior nível de endividamento dos últimos 11 anos.
Na maioria das vezes, por estar em dificuldade financeira, ou até mesmo na tentativa de intervir em algo aparentemente rentável, as pessoas contraem dívidas impagáveis, geralmente com o propósito de saírem do sufoco.
Desta forma, utilizam-se de todos os créditos disponibilizados pelos bancos e financeiras sem se preocuparem com as taxas e juros aplicados a cada operação, acreditando ainda, na possibilidade em pagá-las, o que acaba se tornando uma realidade muito mais difícil, um verdadeiro pesadelo.
Pois é. É exatamente isso o que está acontecendo com os brasileiros. A preocupação em como pagar suas contas vem tirando o sono dos cidadãos, muitas vezes desesperados e em situação de escolha entre o sustento de sua família ou o pagamento da dívida.
Calma! Nem tudo está perdido. Uma ajuda profissional pode ser a saída. O que muitos ainda não sabem é que existem caminhos e possibilidade de negociação para quem quer se livrar dessas dívidas. Isso mesmo. É negociar, buscar um acordo com seus devedores. Esta ou aquela dívida que nos faz acreditar ser impagável pode ter solução e não ser um bicho de sete cabeças como parece.
Qual a solução? A resposta é simples. Os bancos e as financeiras também não querem amargar esta situação incômoda que é a “falta de dinheiro” e a “inadimplência alta”, ficando sem receber. Assim como existem aqueles que devem e querem pagar, também existem os que precisam e querem receber. E é nesse ponto que aquela dívida que você imaginou que seria impossível de quitar, acaba sendo solucionada.
A chegada da nova lei 14.181/21, que entrou em vigor no dia 02/07, modificando o Código de Defesa do Consumidor (CDC), de prevenção e tratamento sobre o “superendividamento”, trará uma transparência maior para o consumidor na hora da compra. O novo texto obriga bancos, financiadoras e empresas que vendem a prazo a informar ao consumidor, no ato da contratação, o valor total das parcelas, incluindo juros e encargos em situações de atraso. A lei também concede ao consumidor o direito de antecipar parcelas, e obriga os credores a renegociar dívidas, sem inclusão de novos encargos.
Ajuda profissional – É muito importante que o devedor procure por auxílio de profissionais experientes nessa área. A negociação orientada acaba sendo vantajosa, sendo amigável, extrajudicial ou judicial.
Em um primeiro momento a negociação ocorre sem demanda judicial, sem processo. Feita direta entre o profissional negociador e os bancos, lojas, financeiras etc.
Aquelas ligações chatas e insistentes de cobrança que muitos recebem, tendem a diminuir ou até mesmo acabar. Agora, se a tentativa de negociação administrativa, ou seja, sem processo judicial, não der certo, a alternativa é buscar a justiça.
Judicialmente é possível rever ou deixar de pagar algumas taxas e juros que podem ser abusivas ou muito onerosas perante a prática do mercado financeiro.
É importante que todos saibam que, muitas vezes, a demanda judicial força as empresas (bancos, financeiras, lojas etc.) a fazerem bons acordos.
Portanto, não caia no desespero de achar que sua dívida é algo impagável. Saia desta situação incômoda e desvantajosa. Oriente-se, busque ajuda e conselhos de profissionais experientes. Ficar livre das dívidas vai te trazer a credibilidade e as tão sonhadas conquistas futuras.