O Grupo Boca no Trombone estará no Teatro Municipal em 17 de julho, sexta-feira, a partir das 16 horas, com o espetáculo “O casamento de Dona Baratinha”, o primeiro conto infantil traduzido do português de Portugal para o Brasil. Sua origem é incerta. O registro mais antigo é de 1872, intitulado “Histórias da Carochinha”, manuscrito que se encontra na Torre do Tombo, em Lisboa. Era uma crítica às mulheres solteironas que procuravam conquistar seus pretendentes com suas fortunas.
No elenco estão Vivi Reis, Brunno Brunelli, Fabrício Papa e Antonio Veiga. Os adereços são de Zilda Alckimin com músicas de Junior Simões, luz e som de Ricardo Beatto e arte de Julia Veiga. O figurino é de Fátima Montenegro. A fotografia é de Gesmar Nunes. Falando principalmente de amor e relacionamento, a adaptação teatral da fábula tem uma visão moderna, mas não perde o teor original. Aborda também outros temas, como a solidão, a partilha, o respeito pela personalidade de cada um, respeito ao próximo, contestando também o verdadeiro valor do dinheiro e do amor.
Os ingressos custam R$ 40 e R$ 20 (meia ou para compra antecipada até dia 16 de julho) e estão à venda no site www. megabilheteria.com) e no guichê do espaço cultural da hora do espetáculo. O Teatro Municipal fica na praça Alto do São Bento s/nº, Jardim Mosteiro. Para compra online há taxa de serviço. O local tem capacidade para receber 515 pessoas, mas apenas 206 estão disponíveis por causa das restrições impostas pelo Plano São Paulo – o estacionamento tem 40 vagas. Mais informações pelos telefones (16) 3625-6841. Censura: livre.
Na peça, Dona Baratinha herda de sua tia Baratonilda todos os bens que possui: fazenda, apartamento, vestidos e dinheiro na poupança. Maquiada, com vestido novo e fita no cabelo vai ao programa de televisão “Domingão do Galão”, apresentado por Galão Silva, em busca de um marido.
Bichos de vários cantos do Brasil se candidatam – o burro vem do Nordeste, o cachorro do Rio Grande do Sul, o bode de Minas Gerais, o gato do Rio de Janeiro, o macaco de São Paulo… Mas ela escolhe o ratinho, que é gentil, de fino trato e silencioso. Porém, o noivo foge com a cozinheira que preparou a feijoada que seria servida na festa. Depois de “cair no choro”, a protagonista conclui que teve sorte, porque o rato gostava mais de feijoada do que dela.
Toda essa situação fantasiosa estimula a imaginação das crianças, pois animais personificados assumem os papéis sociais dos homens. Por detrás dessa ingênua fábula infantil existem nuances importantes da natureza e do comportamento humano. O musical valoriza nosso folclore e nossa cultura tradicional, com canções regionais e com a descrição de uma receita tipicamente brasileira: a feijoada.