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Comemorando 80 anos, Corauci Neto ganha livro que conta história da carreira e da vida

Corauci Neto completa 80 anos. Grande parte de sua vida dedicada aos microfones das rádios

A comemoração de 80 anos não pode passar em branco. E, no caso do ra­dialista mais conhecido de Ribeirão Preto e região, a lembrança preencheu várias páginas. Nesta sexta-feira, dia 9 de julho, será lançada a autobiografia de Corauci Neto, que completa oito dé­cadas de vida, seis delas vi­vidas dentro do rádio.

O vereador Jean Corauci, que também apresenta pro­grama em uma rádio ao lado do pai, mandou editar as lembranças que seu genitor escreveu ao longo da vida.

“É algo que me deixa sempre emocionado, falar de meu pai. Eu sempre me espelhei nele e, agora, com a publicação desse livro, te­nho certeza que todos sabe­rão ainda mais o porquê de minha escolha de vida”, dis­se Jean, um dos quatro filhos do radialista.

O livro contará como Corauci Neto escolheu logo cedo, aos dez anos, o que queria ser: um artista. Já aos 18 anos, estava no rádio.

Porém, é claro que antes disso teve que ralar muito. Aos nove anos, começou a trabalhar em uma fábrica de sapatos, de onde só saiu para ingressar nas ondas do AM. Aliás, audácia nunca faltou ao jovem. Ele fez o teste es­condido dos pais com a cer­teza que iria superar a enor­me concorrência pela vaga.

De lá para cá, muitos pro­gramas de sucesso em várias emissoras, Rádio Cultura, a renomada PRA-7 (hoje Rá­dio Clube) e Rádio 79. Ti­nha programa pela manhã, tarde e noite. “Corauci Neto Show”, “Pick Up de Ouro” e “É Proibido Falar” foram su­cessos estrondosos.

A experiência do audi­tório o levou à TV Tupi em 1962, além de participações no programa Caravelas da Saudade, o que proporcio­nou a oportunidade de par­ticipar de um especial no Maracanãzinho, cantando para mais de 10 mil pessoas.

Capa do livro que será lançado neste 9 de julho

Mas, é claro que os desa­fios também fizeram parte da vida dele. No auge da car­reira, passou por um grave problema na garganta que o impediu de falar. Médicos eram enfáticos ao dizer que precisaria abandonar a car­reira. Buscando tratamen­to em São Paulo, realizou cirurgia que o deixaria um mês fora do ar em recupera­ção, quando num momento crítico prometeu que se vol­tasse a falar usaria o micro­fone para ajudar as pessoas. Recuperado, cumpre a pro­messa até hoje. O radialista foi ainda vereador por sete mandatos, sendo que em três deles, 1988, 1992 e 1996 foi o vereador mais votado da cidade.

Há 19 anos está na Rá­dio CMN. Durante os mais 60 anos de rádio, gravou 18 LPs, dois CDs e um DVD.

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